Na natureza, existem diversos tipos de relações entre os seres vivos, sendo algumas benéficas e outras prejudiciais para cada um dos envolvidos. Show Essas relações são classificadas como positivas, quando há ganho para um dos envolvidos ou para ambos, e como negativas, quando há prejuízo pelo menos para um dos envolvidos. Quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as relações são denominadas intra-específicas e, quando são de espécies diferentes chamamos de interespecífica. Vamos observar mais detalhadamente essas relações, começando com os casos de relação intra-específica. Colônia e sociedadeOs recifes de corais são formados por vários indivíduos unidos que, normalmente, trabalham em conjunto. Essa relação é denominada colônia. A união de diversos seres vivos da mesma espécie também ocorre de uma outra maneira, quando seus integrantes são extremamente organizados e desempenham funções diferenciadas, e não estão apenas unidos como é o caso das colônias. Chamamos de sociedade a essa relação e ela ocorre, por exemplo, entre abelhas, formigas e cupins. Em uma colméia, a organização é perfeita, pois existe a rainha, responsável pela reprodução, o zangão, cuja função é fecundar a rainha, e as operárias que são estéreis e desempenham as mais variadas funções, como por exemplo, proteger e limpar a colméia, coletar o mel, fabricar os favos, etc. Relações interespecíficasPodemos destacar sete tipos de relações entre seres vivos de espécies diferentes: 1) A protocooperação em que os dois seres envolvidos cooperam um com o outro. Um exemplo disso é o que ocorre pássaro-palito e o jacaré. Trata-se de um tipo de pássaro que retira os resíduos de carne existentes entre os dentes do jacaré. Com isso, o jacaré ganha uma limpeza bucal e o pássaro recebe seu pagamento forma de comida. Nessa situação, os dois se ajudam, mas não dependem disto para garantirem sua sobrevivência, como é o caso que vem a seguir. 2) O mutualismo é uma associação imprescindível, pois ela garante que os dois animais envolvidos sejam beneficiados e sobrevivam. Um exemplo de mutualismo é o líquen em que acontece a associação de uma alga com um fungo: a alga produz alimento através do processo fotossintético que o fungo utiliza; este, por sua vez, absorve muita umidade e matéria orgânica que a alga aproveita. Outra situação de mutualismo ocorre entre os ruminantes (o boi, por exemplo) e as bactérias em seu estômago. Os bovinos são herbívoros, mas, apesar disso, não produzem uma enzima denominada celulase, necessária para quebrar a celulose das folhas., Esse trabalho, então, é realizado pelas bactérias que, em troca, ganham alimentação e moradia. 3) Já no inquilinismo, nenhum dos seres vivos envolvidos retira nada do outro. O exemplo clássico é o das plantas epífitas (orquídeas e bromélias) que aderem aos troncos das árvores. Isso garante que consigam maior luminosidade e, portanto, tenham condições de realizar a fotossíntese para produzir seu alimento. Para as árvores, a presença dessas plantas é inofensiva. 4) O comensalismo é o ato de compartilhar do mesmo alimento. Ocorre, por exemplo, entre as hienas e os leões. Estes caçam sua presa e devoram parte dela até sentirem saciados. As hienas ficam a espreita da saciedade dos leões e então se alimentam do que sobrou. Nessa relação, as hienas se aproveitam do "trabalho" (a caça) dos leões , mas não os prejudicam. 5) Ao contrário, o parasitismo é uma relação onde um tira proveito do outro, prejudicando-o. Um exemplo, em nosso próprio organismo, são os piolhos e carrapatos. São chamados de ectoparasitas, pois se instalam do lado de fora do corpo. Mas há também os endoparasitas, que se instalam dentro do corpo, como os vermes que ficam em nosso intestino. Eles retiram grande parte dos nutrientes que consumimos, podendo nos causar anemia. 6) A herbivoria ou herbivorismo refere-se à alimentação dos vertebrados que se alimentam de plantas, conseqüentemente, predando-as. (No caso do homem, dá-se ao fenômeno o nome de vegetarianismo e, no caso dos insetos, de fitofagia.) 7) Finalmente, no predatismo, a relação é entre a presa (que servirá de alimento) e o predador (que caçará a presa). São muitos os exemplos que poderiam ser apresentados. Um deles é o que ocorre entre os leões e as zebras. O predatismo é de grande valia para o ambiente, pois ajuda a controlar a população de determinados animais. CompetiçãoHá ainda a competição entre os seres vivos, tanto intra-específica como interespecífica. Na intra-específica, os animais de uma mesma espécie disputam alimento, território, água, fêmeas, etc. A competição interespecífica ocorre normalmente por alimento e território. Essas relações ecológicas são muito importantes, pois garantem a sobrevivência dos diferentes seres vivos e ajudam no combate da densidade populacional, de modo que favorecem o equilíbrio ecológico. Naturalmente, isso ocorre dessa maneira essencialmente onde não há a interferência humana. Relações ecológicas são interações que ocorrem entre os seres vivos. Elas podem ocorrer tanto entre indivíduos de uma mesma espécie quanto entre organismos de espécies diferentes. É denominada relação ecológica harmônica quando nenhum dos organismos envolvidos é prejudicado na interação, e desarmônica, quando há prejuízo para, pelo menos, um dos envolvidos. Leia também: Principais conceitos de ecologia Resumo sobre relações ecológicas
Videoaula sobre relações ecológicasO que são relações ecológicas?Em uma comunidade, os seres vivos estabelecem interações entre si. Essas interações são denominadas relações ecológicas e podem ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie (intraespecíficas) ou entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas). As relações ecológicas podem beneficiar todos os envolvidos, beneficiar apenas um dos envolvidos e não causar nenhum benefício ou prejuízo para o outro, ou, ainda, beneficiar apenas um dos envolvidos e prejudicar o outro. Quando uma relação não provoca prejuízo para nenhum dos envolvidos, ela é chamada de harmônica. Já as relações em que, pelo menos, um dos envolvidos sofre alguma desvantagem são chamadas de desarmônicas. Mapa Mental: Relações Ecológicas*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui! Relações ecológicas intraespecíficasAs relações ecológicas intraespecíficas ocorrem entre organismos de uma mesma espécie. Elas podem ser harmônicas, como a sociedade e a colônica, ou desarmônicas, como a competição intraespecífica e o canibalismo. As abelhas vivem em sociedade.
Nas colmeias é possível verificar três castas, as quais realizam tarefas bem definidas. A rainha é a única fêmea que se reproduz na colmeia. As operárias são fêmeas que realizam diferentes atividades, como produção de cera, coleta de néctar e pólen e alimentação dos indivíduos em fase larval. Por fim, temos o zangão, que atua garantindo a fecundação da rainha. As caravelas-portuguesas são um exemplo de colônia.
Relações ecológicas interespecíficasAs relações interespecíficas ocorrem entre organismos de espécies diferentes. Mutualismo e comensalismo são exemplos de relações interespecíficas harmônicas, enquanto predação, parasitismo, amensalismo e competição interespecífica exemplificam relações desarmônicas. Abelhas e plantas angiospermas estabelecem uma relação de mutualismo, em que a abelha é beneficiada com néctar e a planta garante sua reprodução.
O obrigatório ocorre quando a interação é obrigatória para a sobrevivência de, pelo menos, um dos envolvidos. Esse é o caso dos líquens, uma associação entre fungos e algas ou entre fungos e cianobactérias. No facultativo, os organismos se beneficiam da interação, mas podem viver de maneira independente. Nesse último caso, podemos citar as plantas com flores e os insetos polinizadores. Os abutres se alimentam dos restos do alimento do leão sem lhe causar prejuízo.
Exercício sobre relações ecológicasAgora que você já sabe um pouco mais sobre as relações ecológicas, responda a questão abaixo:
Resolução: letra b. A afirmativa I fala dos líquens, os quais são formados por uma associação mutualística entre fungos e algas ou fungos e cianobactérias. A afirmativa II, por sua vez, fala do inquilinismo (mais precisamente, o epifitismo), em que um organismo se associa a outro, sem prejudicá-lo, com a finalidade de conseguir abrigo. A afirmativa III, por sua vez, trata de um caso de parasitismo, pois um organismo retira do corpo de outro os nutrientes de que precisa para a sobrevivência. Por Vanessa Sardinha dos Santos |