O ano de 2021 manteve o viés de baixa para o segmento de sedãs médios e grandes no Brasil. Com 75.704 unidades somadas nas duas categorias segundo a Fenabrave – apenas 3,83% do total de 1.974.434 veículos novos registrados no ano passado -, o número de emplacamentos caiu 5,74% na comparação com 2020. Sem alteração pelo menos desde 2016, o pódio entre os modelos médios teve uma leve evolução do líder Corolla (41.891, +2%). Apesar de sua participação de mercado crescer para mais de 55% - em 2019 era de pouco mais de 46% -, este foi o 2º pior volume anual para o Toyota desde 2007 (34.463). Com isso, o sedã perdeu a posição de best seller da marca japonesa para a Hilux. Seu arquirrival Civic teve situação mais complicada. Em seu último ano como modelo nacional – a produção foi oficialmente encerrada em dezembro -, o representante da Honda foi o preferido por 18.949 consumidores, 7,3% a menos do que no ano anterior. Juntos, os dois japoneses comandaram mais de 80% das vendas. Sem concorrência direta pelo 3º lugar, o Chevrolet Cruze (7.090) perdeu quase 2 mil unidades em relação a 2020 mesmo com a retomada do crescimento nos últimos meses do ano. Estreante no ano anterior, o Arrizo 6 (3.469) encerrou seu 1º ano completo na 4º colocação. Contando agora apenas com a versão GLi, o VW Jetta (2.927) completou o top 5 com recuo de quase 50%. Quinto no ranking anterior, o Kia Cerato (978) foi o mais prejudicado com a evolução do Caoa Chery. Aposentado oficialmente em 2021, o Citroën C4 Lounge encerrou sua carreira no Brasil com apenas 258 unidades. No compasso de espera pela chegada da nova geração ao país, ainda sem confirmação pela Nissan, o Sentra emplacou apenas 8 unidades.
Entre os modelos maiores, o líder de 2020 virou o lanterna de 2021. Agora oficialmente descontinuado na Europa, o VW Passat, que já não era importado para o Brasil, encerrou o ano com apenas uma unidade. No topo da tabela, a versão híbrida do Honda Accord conquistou 59 consumidores, 16 a mais do que o Hyundai Azera (43). Com apenas 8 unidades, o Toyota Camry completou o pódio. Preferido entre 2006 e 2018, o já aposentado Ford Fusion emplacou apenas 2 unidades, mesmo número de um Kia Optima sem importação oficial.
As vendas de sedãs médios fecharam o mês de dezembro em retração pouco superior a 12% frente a 2020, contra uma queda de quase 17% do mercado como um todo. Dos seis modelos com pelo menos um emplacamento registrado, apenas dois deles cresceram. Com seu melhor resultado em 2021 – embora pior do que há um ano -, o Corolla (4.922) assegurou mais de 60% de participação. Rival mais próximo, o Honda Civic (1.697) vendeu praticamente 1/3 do Toyota mesmo com seu desempenho mais forte no último trimestre. Completando o pódio, o Chevrolet Cruze (961) avançou mais de 120% em relação ao ano passado. Cativo na quarta posição nos últimos meses, o Caoa Chery Arrizo 6 (330) emplacou o triplo do VW Jetta (101) e quase quatro vezes mais do que o Kia Cerato (86), último colocado. Entre os sedãs grandes, o Honda Accord (14) foi o único oficialmente à venda com números registrados, já que o Kia Optima (1) não é comercializado no país há vários anos.
Fonte: Fenabrave
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