Como se forma a espuma do sabão

Como se forma a espuma do sabão

Em primeiro lugar, porque os corantes se dissolvem bastante ao entrar em contato com a água. Segundo, porque as bolhas que formam a espuma são bem fininhas. “A cor, que já não era tão forte depois de ter sido diluída, torna-se ainda mais fraca nessa camada fina”, diz o químico Massuo Jorge Kato, da USP. Assim, cada bolha da espuma fica quase transparente. Mas, então, por que a espuma é branca, e não translúcida como uma bolha isolada? É que cada bolha desvia pelo menos um pouquinho dos raios de luz que chegam até ela. Quanto se juntam incontáveis bolhinhas, como na espuma, os raios acabam sendo ricocheteados para todos os lados, como se estivessem em um jogo de espelhos. Como cada um desses raios corresponde a uma cor diferente, todos os tons possíveis são refletidos para os nossos olhos ao mesmo tempo. E adivinhe qual é a cor que surge da junção de todas as outras? É isso mesmo, a branca.

Como se forma a espuma do sabão

A bolha é formada por um gás envolto em líquido.

As espumas são formadas por um conjunto de bolhas gasosas, se você observar bem uma bolha de sabão você verá o gás envolto pela camada de líquido, a espuma nada mais é do que união dessas moléculas. Mas como se formam? Elas têm origem de compostos orgânicos como sabão e detergentes, sob agitação. Veja como obter uma densa espuma através do seguinte procedimento:

Material:

- Recipiente para misturas - Sabão em pó - Água

- Solução de alúmen de potássio AlK(SO4)2


- Solução de bicarbonato de sódio NaHCO3

Processo:

1. Prepare a 1ª solução misturando 1 grama de alúmen de potássio em 50 ml de água.

2. A 2ª solução será a de NaHCO3: dissolva 5 gramas dessa substância em 50 ml de água.

3. Coloque em um recipiente a solução 1 e misture 1 grama de sabão em pó.

4. Por último, adicione a solução 2 no recipiente.

Pronto! Você já tem uma densa espuma!

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Por Líria Alves Graduada em Química

Equipe Brasil Escola

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Será que quanto mais espuma um sabão ou um detergente produz, maior é o seu poder de limpeza?

A maioria das pessoas pensa que sim, porque, ao lavar vasilhas, por exemplo, temos a sensação de que se não está sendo produzida muita espuma, o produto não está retirando a gordura. Mas será que isso é realmente verdade?

Bom, para chegarmos a uma resposta satisfatória precisamos saber o que produz a espuma nos detergentes e nos sabões. Mas, antes, vamos apenas especificar alguns termos usados nesse texto, para um maior esclarecimento.

Os detergentes incluem os sabões, sabonetes, detergentes sintéticos, cremes dentais, xampus, dentre outros compostos. Todos esses produtos são denominados detergentes porque todos possuem a ação detergente, isto é, do latim detergere, que significa “limpar”. Desse modo, os sabões são um subgrupo dos detergentes; sendo que todo sabão é um detergente, porém nem todo detergente é um sabão.

Nesse texto, porém, para fins didáticos, quando mencionarmos o termo “detergente”, estaremos nos referindo ao detergente sintético e não aos detergentes no geral.

Os sabões produzem a capacidade de produzir bolhas, que são finas películas que retêm os gases. No caso do sabão, a espuma pode, sim, até certo ponto, demonstrar que ele está atuando na limpeza. Muitas águas contêm alguns cátions, como o cálcio (Ca2+(aq)), o magnésio (Mg2+(aq)) e o ferro (Fe2+(aq)),  que reagem com os ânions presentes nos sabões, formando a chamada “água dura”, pois são formados compostos insolúveis que se precipitam.

A água dura impede que o sabão tenha uma limpeza eficiente, pois sua atuação como emulsificante da gordura é cancelada e ele não consegue retirar a gordura das superfícies e nem produzir espuma.

Um exemplo que mostra claramente isso é a água do mar. Ela é rica em cloreto de sódio (NaCl, conhecido como sal de cozinha) e em sais de cálcio e magnésio. Por isso, não conseguimos obter espuma utilizando sabão na água do mar.

Mas as bolhas têm um papel muito pequeno na remoção da sujeira e da gordura quando se trata dos detergentes. Uma vantagem dos detergentes em relação aos sabões é que eles agem de maneira eficiente mesmo quando utilizados em águas ricas em sais de cálcio, magnésio e ferro. Os detergentes não reagem com os cátions da água dura. Portanto, eles atuam eficazmente, independente da natureza da água.

No caso dos detergentes, o que vai indicar se ele é eficiente ou não, na remoção das sujeiras, é a capacidade de formar micelas, isto é, pequenos glóbulos que aprisionam a gordura em seu interior. Isso é conseguido pelo fato de a estrutura do detergente ser uma parte apolar; e sua extremidade, polar. Essa estrutura química dos detergentes (e não o fato de se formar espuma) é que garante a limpeza.

Visto que os fabricantes sabem que a grande maioria dos consumidores associa a presença de espuma com a eficiência da limpeza, eles adicionam substâncias espumantes aos detergentes. Mesmo estando cientes de que os produtos que não geram espuma são removidos mais facilmente pela água; ainda assim, esses fabricantes de detergentes preferem aumentar a quantidade de espuma nos detergentes para não perderem vendas.

Entretanto, o excesso de espuma pode causar prejuízos para o consumidor, pois pode estragar as engrenagens das máquinas de lavar, por exemplo. O pior de tudo é que lagos e rios se transformam em depósitos de espuma, o que causa problemas ambientais, pois a camada de espuma dificulta a oxigenação da água, provocando a morte de peixes e algas; e o detergente presente na espuma dissolve a camada de cera que impermeabiliza as penas de aves aquáticas, o que dificulta a sua flutuação.


Efeitos do excesso de espuma em rios e lagos.

Jennifer Fogaça
Graduada em Química

É só ligar uma banheira e logo aparecem elas: de formato suave, cheiro agradável e que possui a propriedade de relaxar o corpo, além de promover a higienização. A espuma pode ser derivada do sabão, detergente, xampu, em geral de materiais orgânicos que passam por uma agitação. Elas são um conjunto de bolhas gasosas envolvidas por uma camada líquida. Daí você pode se perguntar: por que as bolhas só ficam em cima da água? As moléculas de espuma são hidrofóbicas, isso explica tudo, elas têm pavor à água e quando entram em contato com ela, tendem a se afastar o mais rápido possível. A espuma flutua em cima da água, por que neste local a tensão superficial cria buracos que permitem a presença de moléculas. A tensão superficial da água é enorme, essa tensão é responsável por unir as moléculas de água, mas em alguns pontos ela se torna mais fraca (parte superior do líquido). Mas se engana quem pensa que a espuma aparece só através do sabão, como já foi dito, ela tem origem de materiais orgânicos e é por isso que no mar, por exemplo, as ondas se quebram na praia e é formada uma camada de espuma em razão dos compostos orgânicos presentes na água. A poluição também é responsável pela formação de espumas, os rios poluídos são identificados pela espessa camada de espuma formada pelo despejo de detergentes industriais e outras impurezas. O tamanho das bolhas na espuma pode variar, sendo que podemos encontrá-las em tamanhos minúsculos na forma de uma massa, como é o caso do creme de barbear. Quanto menores forem as bolhas, mais densa (cremosa) será a espuma, e podemos encontrá-las na forma sólida também, a espuma de estireno é um exemplo, ela é mais conhecida como isopor.

Publicado por Líria Alves de Souza

Bruna Gonçalves
Especial para o Diário

A espuma é a união de minúsculas bolhas, que se formam quando entra ar na mistura de sabão e água. Elas flutuam porque o ar é mais leve do que a água. Isso acontece naturalmente quando sabonete, detergente, xampu ou condicionador são friccionados com água em uma superfície.

Também são produzidas artificialmente. Basta assoprar com um canudinho a mistura de água e sabão para obtê-las com vários tamanhos.

Em geral, a espuma prejudica o meio ambiente, pois, além de interferir na composição natural da água dos rios e lagos, impede a entrada de luz solar nessa área, podendo matar plantas e animais aquáticos. Desde 1985, uma lei obriga as indústrias a produzirem somente detergentes biodegradáveis (decompõem-se mais rapidamente e não agridem a natureza).

SEMPRE BRANCA - Independentemente da cor do produto, a espuma é sempre branca porque esta é o resultado da mistura das sete cores que aparecem refletidas nas bolinhas. Para deixar o sabonete colorido, as indústrias acrescentam corante (substância química) em sua composição. A espuma não fica da mesma cor, pois, ao entrar em contato com a água, o corante se dissolve, tornando-se invisível. (Supervisão de Teresa Monteiro)
Consultoria da química Antonia Marli dos Santos, professora da Unesp de Rio Claro