1. (UFRS) "Ontem a Serra Leoa, A Guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas da amplidão... Hoje... o porão negro, o fundo Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar..." Nesta estrofe de ___________ , de Castro Alves, os versos de ___________ sílabas métricas evocam, num primeiro momento, a __________ dos negros em sua terra natal, contrastando, na segunda parte, com imagens que indicam os rigores da __________ . Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto acima. a) O Navio Negreiro – dez – luta – partida b) Canção do Exílio – sete – tranquilidade – solidão c) Mocidade e Morte – oito – passividade – prisão d) Cachoeira de Paulo Afonso – dez – caçada – luta. e) Marieta – dez – bravura – paixão. 2. (FUC-MT) Considerando os seguintes itens: I. Autor da obra Cantos e Fantasias e O Estandarte Auriverde. II. Foi chamado o poeta dos escravos por seus textos contra a escravidão. III. Autor de I-Juca Pirama, belo poema de inspiração indianista. IV. Sua poesia é extremamente egocêntrica e sentimental, exprimindo um pessimismo doentio, uma descrença generalizada, um tédio de vida que impregna tudo de tristeza e desilusão. V. Seu estilo vibrante e oratório empolgava os ouvintes, popularizando seus poemas de caráter social. Referências a Castro Alves encontram-se apenas em: a) I e II b) II e IV c) I, II e IV d) II, III e V e) II e V. 3. (FUC-MT) Considerando os seguintes itens: I. Autor da obra Cantos e Fantasias e O Estandarte Auriverde. II. Foi chamado de “o poeta dos escravos” por seus textos contra a escravidão. III. Autor de Juca Pirama, belo poema de inspiração indianista. IV. Sua poesia é extremamente egocêntrica e sentimental, exprimindo um pessimismo doentio, uma descrença generalizada, um tédio de vida que impregna tudo de tristeza e desilusão. V. Seu estilo vibrante e oratório empolgava os ouvintes, popularizando seus poemas de caráter social. Referências a Castro Alves encontram-se apenas em: a) I e II. b) II e IV. c) I, II e IV d) II, III e V e) II e V. 4. (CESPE) Navio Negreiro Castro Alves Era um sonho dantesco... O tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar do açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras, moças... mas nuas, espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoas vãs. Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece... Outro, que de martírios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capitão manda a manobra E após, fitando o céu que se desdobra Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..." Com base no poema apresentado acima, assinale a opção correta. a) O estilo, a seleção lexical e a sintaxe do poema prenunciam características do modernismo literário. b) Por focalizar um problema social, o poema é predominantemente dissertativo. c) Da temática do poema permite-se concluir que se trata de um exemplo de poesia condoreira, em que a emoção é utilizada para reforçar a denúncia que se pretende empreender. d) O esquema de rimas apresentado no poema pode ser representado por AABBCC. 5. (ENEM) O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves: Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh’alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n’amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma… Nos seus beijos de fogo há tanta vida… – Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida. Mas uma voz responde-me sombria: Terás o sono sob a lájea fria. (ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983.) Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra a) embalsama. b) infinito. c) amplidão. d) dormir. e) sono. 6. (UM-SP) Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura… se é verdade Tanto horror perante os céus… Ó mar! por que não apagas Co’a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?… Astros! noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!… (Castro Alves) Aponte a alternativa incorreta sobre o texto. a) Os versos 3 e 4 constituem o objeto direto do verbo dizer e, pela antítese, expressam o desespero do poeta. b) O vocativo do verso 1 é retomado em toda a estrofe, por meio de outros vocativos, no mesmo tom de protesto grandiloquente. c) Ao lado de Deus, na sequência dos vocativos, estão as forças grandiosas da natureza, como o mar, os astros, a noite, as tempestades e, num desespero crescente do poeta, o tufão. d) Este borrão, objeto direto do verbo apagar, constitui uma metáfora de algo vergonhoso que recupera e aprofunda o horror do verso 4. e) No apelo desesperado do poeta, as grandiosas forças da natureza não são personificadas, mas, sim, coisificadas nos vocativos que as representam. 7. (UFSM 2015) Poeticamente, o sal metaforiza o mar, as lágrimas, a força de viver. Castro Alves, em sua obra poética, lança mão desse recurso para unir arte e crítica social. Observe os fragmentos: Fragmento 1 – “A Canção do Africano” Lá, na úmida senzala, Sentado na estreita sala, Junto ao braseiro, no chão, Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão... Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 100. Fragmento 2 - “O Navio Negreiro” Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se eu deliro... ou se e verdade Tanto horror perante os céus... O mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!... Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 137. Em relação a esses versos, é possível afirmar: I. O canto, as saudades e o pranto do escravo, no primeiro fragmento, são decorrentes do cativeiro resultante da escravidão, situação aviltante ao ser humano. II. O “horror perante os céus” a que se refere o eu lírico, no segundo fragmento, corresponde ao tráfico de escravos, mácula sociomoral que envergonha o Brasil. III. Em ambos os fragmentos, a crueldade da escravidão se faz presente. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I apenas. b) II apenas. c) I e II apenas. d) III apenas. e) I, II e III. 8. (UFAL 2000) Nos versos abaixo, Castro Alves assim se dirige à bandeira nacional: Tu, que da liberdade após a guerra Foste hasteada dos heróis na lança, Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... Com esses versos, o poeta está a) conclamando os brasileiros à luta pela proclamação da República. b) rememorando as ações heroicas dos rebeldes de Canudos. c) acusando as intromissões do governo inglês em assuntos nacionais. d) denunciando as conspirações contra o regime monarquista. e) lamentando as atrocidades das práticas escravistas no Brasil. 9. (UFV 2010) Leia as duas estrofes abaixo, extraídas do poema “Boa-Noite”, do poeta romântico Castro Alves: BOA-NOITE, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, – Mar de amor onde vagam meus desejos. (ALVES, Castro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 122.) Nas estrofes acima, a visão que o eu lírico deixa transparecer do amor que sente é repleta de: a) sensualidade. b) melancolia. c) platonismo. d) religiosidade. 10. (UEPA 2014) A poesia social de Castro Alves, por meio da denúncia da situação dos escravos, muitas vezes comunica a ânsia de liberdade. Marque a alternativa em que os versos demonstrem este tom denunciante de sua linguagem literária. a) Ainda hoje são, por fado adverso, Meus filhos –alimária do universo, Eu- pasto universal... animal quadrúpede b) Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala “Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala... c) Amigo! O campo é o ninho do poeta... Deus fala, quando a turba está quieta, Às campinas em flor. — Noivo — Ele espera que os convivas saiam... d) Era o tempo em que as ágeis andorinhas Consultam-se na beira dos telhados, E inquietas conversam, perscrutando Os pardos horizontes carregados... e) É tarde! É muito tarde! O templo é negro... O fogo-santo já no altar não arde. Vestal! não venhas tropeçar nas piras...
É tarde! É muito tarde!
GABARITO
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