A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus

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A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus

Anacoluto é uma figura em que ocorre quebra da estrutura sintática da oração. Há anacoluto, portanto, no segmento: a) Outro dia, falando na vida do caboclo nordestino, eu disse aqui que ele não era infeliz. b) Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em “ter coisas”. c) O homem daqui, seu conceito de felicidade é muito mais subjetivo. d) Ser feliz não é ter coisas; ser feliz é ser livre, não precisar de trabalhar. e) O melhor patrão do mundo não é o que paga mais, é o que não exige sujeição. TEXTO: 4 - Comum à questão: 11 Texto Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio; O Mundo todo abarco e nada aperto. Camões 11 - (Mackenzie SP) No verso Que em vivo ardor tremendo estou de frio NÃO ocorre: 6 www.projetomedicina.com.br a) paradoxo. b) ordem inversa dos termos na oração. c) relação de conseqüência com a oração anterior. d) emprego de verbo no gerúndio. e) equivalência sintática entre de frio e “poema de Camões”. TEXTO: 5 - Comum à questão: 12 Antes de concluir este capítulo, fui à janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se esgarçam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais. A noite não me respondeu logo. Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já não pertencem à sua jurisdição. Quando eles moravam na ilha que Luciano lhes deu, onde ela tinha o seu palácio, e donde os fazia sair com as suas caras de vária feição, dar-me-ia explicações possíveis. Mas os tempos mudaram tudo. Os sonhos antigos foram aposentados, e os modernos moram no cérebro da pessoa. Estes, ainda que quisessem imitar os outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos Sonhos, como a dos Amores, como todas as ilhas de todos os mares, são agora objeto da ambição e da rivalidade da Europa e dos Estados Unidos. Machado de Assis – D.Casmurro palejavam: tornavam pálidos 12 - (Mackenzie SP) No texto, o elemento noite é exemplo de: a) metáfora, devido à comparação explícita entre noite e “Deus”. b) metonímia, devido à analogia entre noite e “sonhos”. c) prosopopéia, já que noite é elemento inanimado que responde ao narrador. d) hipérbole, pois seu sentido está ampliado. e) catacrese, por ser uma metáfora cristalizada pelo uso popular. TEXTO: 6 - Comum à questão: 13 MYSTERIUM1 7 www.projetomedicina.com.br "Eu vi ainda debaixo do sol que a corrida não é para os mais ligeiros, nem a batalha para os mais fortes, nem o pão para os mais sábios, nem as riquezas para os mais inteligentes, mas tudo depende do tempo e do acaso." Eclesiastes 1 Ao tempo e ao acaso eu acrescento o grão de imprevisto. E o grão da loucura, a razoável loucura que é infinita na nossa finitude. Vejo minha vida e obra seguindo assim por trilhos paralelos e tão próximos, trilhos que podem se juntar (ou não) lá adiante mas tudo sem explicação, não tem explicação. 2 Os leitores pedem explicações, são curiosos e fazem perguntas. Respondo. Mas se me estendo nas respostas, acabo por pular de um trilho para outro e começo a misturar a realidade com o imaginário, faço ficção em cima de ficção, ah! Tanta vontade (disfarçada) de seduzir o leitor, esse leitor que gosta do devaneio. Do sonho. Queria estimular sua fantasia mas agora ele está pedindo lucidez, quer a luz da razão. 3 Não gosto de teorizar porque na teoria acabo por me embrulhar feito um caramelo em papel transparente, me dê um tempo! Eu peço. Quero ficar fria, espera. Espera que estou me aventurando na busca das descobertas, "Devagar já é pressa!", disse Guimarães Rosa. Preciso agora atravessar o cipoal2 dos detalhes e são tantos! E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador, Deus! Os indevassáveis signos e símbolos. Ainda assim, avanço em meio da névoa, quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro, estou perdida? 4 Mais perguntas, como nasce um conto? E um romance? Recorro a uma certa aula distante (Antonio Candido) onde aprendi que num texto literário há sempre três elementos: a idéia, o enredo e a personagem. A personagem, que pode ser aparente ou inaparente, não importa. Que pode ser única ou se repetir, tive uma personagem que recorreu à máscara para não ser descoberta, quis voltar num outro texto e usou disfarce, assim como faz qualquer ser humano para mudar de identidade. 5 Na tentativa de reter o questionador, acabo por inventar uma figuração na qual a idéia é representada por uma aranha. A teia dessa aranha seria o enredo. A trama. E a personagem, o inseto que chega naquele vôo livre e acaba por cair na teia da qual não consegue fugir, enleado pelos fios grudentos. Então desce (ou sobe) a aranha e nhac! Prende e suga o inseto até abandoná-lo vazio. Oco. 6 O questionador acha a imagem meio dramática mas divertida, consegui fazê-lo sorrir? Acho que sim. Contudo, há aquele leitor desconfiado, que não se deixou seduzir porque quer ver as personagens em plena liberdade e nessa representação elas estão como que sujeitas a uma destinação. A uma condenação. E cita Jean-Paul Sartre que pregava 8 www.projetomedicina.com.br a liberdade também para as personagens, ah! Odiosa essa fatalidade dos seres humanos (inventados ou não) caminhando para o bem e para o mal. Sem mistura. 7 Começo a me sentir prisioneira dos próprios fios que fui inventar, melhor voltar às divagações iniciais onde vejo (como eu mesma) o meu próximo também embrulhado. Ou embuçado3? Desembrulhando esse próximo, também vou me revelando e na revelação, me deslumbro para me obumbrar4 novamente nesta viragem-voragem do ofício. (TELLES, Lygia Fagundes. "Durante aquele estranho chá: perdidos e achados". Rio de Janeiro: Rocco, 2002.) 1 – palavra latina para "mistério" 2 – mato abundante de cipós 3 – escondido 4 – cobrir de sombras 13 - (UERJ) As figuras de linguagem são recursos que afastam as construções lingüísticas de seu valor literal, com o objetivo de tornar essas construções mais expressivas. O emprego de uma figura de linguagem e sua correta nomeação estão presentes em: a) "E o grão da loucura, a razoável loucura que é infinita na nossa finitude." (1º parágrafo) - alusão b) "Ainda assim, avanço em meio da névoa," (3º parágrafo) - metáfora c) "quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro," (3º parágrafo) - ironia d) "O questionador acha a imagem meio dramática mas divertida," (6º parágrafo) - metonímia TEXTO: 7 - Comum à questão: 14 O CORPO Acrobata enredado Em clausura de pele Sem nenhuma ruptura Para onde me leva Sua estrutura? 9 www.projetomedicina.com.br Doce máquina Com engrenagem de músculos Suspiro e rangido O espaço devora Seu movimento (Braços e pernas sem explosão) Engenho de febre Sono e lembrança Que arma E desarma minha morte Em armadura de treva. ARMANDO FREITAS FILHO http://geocities.yahoo.com.br/jerusalem_ 3/armandofreitasfilho.html 14 - (UERJ) A concisão é uma das características que mais se destacam na estrutura do poema. Essa concisão pode ser atribuída a: a) clara ausência de conectivos, explorando a sonoridade do poema b) pouco uso de metáforas, enfatizando a fragmentação dos versos c) abrupta mudança de versos, reforçando a lógica das idéias d) baixa freqüência de verbos,

A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus
A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus
A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus

Questões sobre a tendência literária denominada Parnasianismo - conteúdo obrigatório a ser trabalhado na 2ª série do Ensino Médio regular. As atividades podem ser usadas como revisão de conteúdo ou prova.

TEMA: Parnasianismo

Série indicada: 2º ano do Ensino Médio; Pré-vestibular.

Questões de múltipla escolha: sim.

Questões discursivas: não.

Prova pronta (pode ser utilizado como avaliação): sim.

Texto para as questões 1 a 5: Poema “Profissão de Fé”, de Olavo Bilac

A metáfora devido á comparação explícita entre noite e deus

Profissão de fé

Invejo o ourives quando escrevo:

Imito o amor

Com que ele, em ouro, o alto relevo

Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara

A pedra firo:

O alvo cristal, a pedra rara,

O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me,

Sobre o papel

A pena, como em prata firme

Corre o cinzel.

Corre; desenha, enfeita a imagem,

A idéia veste:

Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem

Azul-celeste.

Torce, aprimora, alteia, lima

A frase; e, enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,

Dobrada ao jeito

Do ourives, saia da oficina

Sem um defeito:

E que o lavor do verso, acaso,

Por tão subtil,

Possa o lavor lembrar de um vaso

De Becerril.

E horas sem conto passo, mudo,

O olhar atento,

A trabalhar, longe de tudo

O pensamento.

Porque o escrever - tanta perícia,

Tanta requer,

Que oficio tal... nem há notícia

De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena

Segue esta norma,

Por te servir, Deusa serena,

Serena Forma!

 1. O tema do poema é

(A) a valorização da profissão do ourives.

(B) a exaltação do lavor poético.

(C) a vocação para trabalhos artísticos.

(D) a inveja despertada por algumas profissões.

2. O eu lírico inveja o ourives devido

(A) a beleza das peças criadas por ele.

(B) a forma como ele trabalha.

(C) ao valor do produto que ele produz.

(D) ao material com o qual ele trabalha.

3. O sentimento de inveja que o ourives desperta no eu lírico o motiva a

(A) seguir-lhe o exemplo.

(B) difamá-lo em seus versos.

(C) elogiá-lo no poema.

(D) ignorá-lo em seus versos.

4. Pode-se inferir do texto acima que, para Olavo Bilac, o ideal de forma literária é:

(A) a rima.

(B) a estrofação.

(C) a perfeição.

(D)  A libertação. 

5. Revela a perfeição formal buscada pelo poeta os versos

(A) “Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem / Azul-celeste.”                

(B) “Que ofício tal... nem há notícia / De outro qualquer.”                            

(C) “Do ourives, saia da oficina / Sem um defeito:”

(D) “A pena, como em prata firme / Corre o cinzel.” 

6. Indique, dentre os versos abaixo, aquele que, sob o ponto de vista da métrica, tem a mesma contagem de sílabas do verso: Do ourives, saia da oficina:

(A) “Minha terra tem palmeiras”

(B) “A natureza apática esmaece”

(C) “Dobra o sino … soluça um verso de Dirceu…”

(D) “São Paulo! comoção de minha vida …”

(E) “Não morrerás, deusa sublime!”

7. Em poesia, para determinar a medida de um verso, divide-se o verso em sílabas poéticas. Esse procedimento tem o nome de

(A) quintilha

(B) dístico

(C) alexandrino

(D) escansão

(E) redondilha

8. (MACK-SP) Várias características do Realismo estão intimamente ligadas ao contexto histórico, refletindo, dessa forma, as posturas:

(A) nacionalista e positivista.

(B) positivista e evolucionista.

(C) evolucionista e sentimentalista. .

(D) neoclassicista e socialista

(E) bucólica e antropocêntrica.

9. Quais eram os poetas que eram conhecidos com A Tríade parnasiana?

10. (UNCISAL/2013) Acerca do movimento denominado Parnasianismo, pode-se dizer que

(A) valorizava extremamente os aspectos formais do texto literário (culto da forma) e retomava valores legados pela antiguidade greco-latina, assim como fizeram outros movimentos que o antecederam. 

(B) questionava radicalmente as formas consagradas de elaboração poética e defendia a liberdade de criação artística, como se percebe nos manifestos escritos por seu principal autor, o paulistano Oswald de Andrade.

(C) começou após a proclamação da Independência e teve como nomes mais destacados Álvares de Azevedo e Gonçalves Dias, que visavam criar uma arte genuinamente brasileira.

(D) tem como proposta principal a noção de “arte pela arte”, segundo a qual a poesia deve denunciar os problemas brasileiros, a fim de promover a transformação da realidade.

(E) Foi o livro Poesias, de Olavo Bilac, publicado em 1882, que marcou o início do Parnasianismo brasileiro.

11 - (Mackenzie SP) Texto para a questão 11

Antes de concluir este capítulo, fui à janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se esgarçam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais. A noite não me respondeu logo. Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já não pertencem à sua jurisdição. Quando eles moravam na ilha que Luciano lhes deu, onde ela tinha o seu palácio, e donde os fazia sair com as suas caras de vária feição, dar-me-ia explicações possíveis. Mas os tempos mudaram tudo. Os sonhos antigos foram aposentados, e os modernos moram no cérebro da pessoa. Estes, ainda que quisessem imitar os outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos Sonhos, como a dos Amores, como todas as ilhas de todos os mares, são agora objeto da ambição e da rivalidade da Europa e dos Estados Unidos.

(Machado de Assis – D.Casmurro)

No texto, o elemento noite é exemplo de: 

(A) metáfora, devido à comparação explícita entre noite e “Deus”.

(B) catacrese, por ser uma metáfora cristalizada pelo uso popular.

(C) hipérbole, pois seu sentido está ampliado. 

(D) prosopopeia, já que noite é elemento inanimado que responde ao narrador.

(E) metonímia, devido à analogia entre noite e “sonhos”. 

12. Identifique figuras de linguagem nos versos

“O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava

A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...

E a Palavra pesada abafa a ideia leve,

Que, perfume e clarão, refulgia e voava.”

(trecho de Inania Verba, Olavo Bilac)

13. Hipérbato (ou inversão) é uma figura sintática muito explorada pelos poetas parnasianos por conferir complexidade e rebuscamento ao verso. Identifique em quais trechos abaixo ocorre essa figura e depois reescreva-os desfazendo a inversão.

a) Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada

E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, 

E alma de sonhos povoada eu tinha... 

(Olavo Bilac)

b) Até mesmo nós sucumbimos Reavaliamos nossa condição.

Indiferentes, deixamos de rimar Menos um casal no mundo

(Raimundo Correia)

c) Contemplando o teu vulto sagrado  Compreendemos o nosso dever

E o Brasil por seus filhos amado poderoso e feliz há de ser!

(Olavo Bilac)