A Escola Clássica de Administração Científica foi a primeira escola da área. Criada com o princípio de legitimar a personalidade racional-legal em oposição à personalidade tradicional, dentro das Empresas. Antigamente Max Weber desenvolveu três argumentos segundo os quais se baseava a personalidade humana e partiu do princípio que existem três tipos de personalidades: a carismática, a tradicional e a racional-legal. Com base na personalidade carismática, partia do pressuposto de que era uma forma de personalidade humana na qual o ser humano era visto na figura de um herói pelos seus atos. Temos como exemplo os líderes, os profetas, guerreiros dentre outros. Sobre a personalidade tradicional, Weber salienta que era baseada nos costumes e tradições, ou seja, na figura dos senhores feudais e patriarcas que foram garantidos pelos costumes religiosos e crenças de uma sociedade. Além disso, temos uma nova personalidade na tentativa de se difundir com o sistema industrial a racional-legal, que para Max Weber era a melhor forma de organização social, tendo como fundamento a legitimação das regras que visavam um melhor desempenho nas atividades industriais que estava surgindo no final do século XIX e início do século XX.A Escola Clássica vai tentar impor a legitimação da personalidade racional-legal dentro das Empresas a partir de um dos mais conhecidos fundadores da Escola Clássica de Administração Científica, Frederick Winslow Taylor. Para se chegar às origens da Escola Clássica, faz-se necessário observar fatos que ocorreram na história. Por volta do século XVIII, Descartes negou todo conhecimento com base em costumes e tradição e propôs o método de racionalidade para resolver qualquer tipo de problema. Já no século XIX, o racionalismo atingiu seu apogeu para no século seguinte ser aplicado às ciências naturais e sociais. Mas o campo do trabalho ainda não havia sido afetado pela racionalização, mesmo com a introdução das máquinas. Nessa mesma época surgiram os pioneiros da racionalização e, por terem idéias semelhantes, ficaram conhecidos como fundadores da Escola Clássica. Um dos principais fundadores dessa Escola chamava-se Taylor. Engenheiro do Norte USA, até hoje ele é conhecido como “Pai da Organização Científica do Trabalho”. Seus métodos de trabalho eram baseados em experiências que envolviam o controle de tempo e os movimentos desnecessários a execução de uma tarefa. Também preferia trabalhar sempre com a indução do método dedutivo, ou seja, que parte da observação do geral para depois trabalhar com o detalhe de um objeto. E outro importante contribuinte era Fayol, também engenheiro. No entanto sua formação era francesa, o que o fez preferir sempre trabalhar com o método lógico-dedutivo, e era mais um administrador de cúpula. Era dele a principal divisão das tarefas de um administrador que eram: planejar, controlar, comandar, comandar e coordenar. Uma das principais idéias que assentam o edifício teórico da Escola Clássica é que alguém será um bom administrador à medida que seus passos forem planejados e organizados de maneira cuidadosa e racional. Para os contemporâneos dessa Escola, o homem era considerado um ser racional e, a partir do momento que toma uma decisão, sabe o curso das ações que é disponibilizado bem como a consequência da opção que escolheu. Trabalhava-se com o pressuposto de racionalidade absoluta em relação ao homem. E uma das frases que mais se fazia presente naquela época era que aos administradores e engenheiros cabia estabelecer as normas e aos operários apenas obedecer.O homem era visto, segundo Taylor, como homo economicus, onde a constante vigilância, o treinamento e incentivos financeiros eram fatores que garantiam por si só uma boa produção. Mas para os contemporâneos de Taylor, como o psicólogo Henry Gantty, o incentivo financeiro era uma das falhas da Administração Científica, pois o homem precisava de incentivos diferentes para assegurar uma boa produção. Gantty salientou a efetivação dos incentivos psicossociais, tais como prestígio social, auto-realização, reconhecimento, dentre outros. A produção era outra principal idéia que se fazia necessária nessa época. Afirmava-se que a única maneira certa, se descoberta, ia maximizar a eficiência do trabalho e diminuir os custos com a produção, ou seja, analisando o trabalho em suas diferentes etapas e diminuindo os movimentos desnecessários de forma que os simplifique e reduzam ao mínimo.A definição que se tinha de Organização, não era de estrutura, e sim o modo pelo qual uma empresa administra de forma organizada o processo de produção de maneira eficiente para atingir seu objetivo principal, o lucro. Segundo a Escola Clássica, para que uma empresa atingisse seu objetivo através da Organização os seguintes fatores que seguem se faziam necessário:- Divisão do trabalho;- Poucos subordinados para cada chefe e um alto grau de concentração das decisões;- Acumulação de tarefas obedecendo ao critério de semelhança dentro dos setores da empresa;- Ações se deslocavam para a empresa e não para os colaboradores, portanto buscava-se a melhor estrutura e sistemas perfeitos. Podemos também mencionar o Fordismo como um dos elementos que contribuem para o acervo de conhecimentos que se tem da Escola Clássica. Em uma época onde o trabalho era baseado na produção em massa nas chamadas “esteiras”. Ford implantou a fabricação de um modelo de carro, o Ford Bigode Preto. Essa foi uma fase marcante para sociedade, pois ele colocou esses carros a preços baixos fazendo com que mais pessoas pudessem ter um carro, mas ele salientava que alguém poderia ter um carro a preço baixo desde que esse fosse o Ford Bigode Preto e de cor preta. Muitas pessoas naquela época não tinham acesso a carros e, por custarem muito caro, só os mais milionários podiam possuir. Em suma, a Escola Clássica de Administração Científica contribuiu de forma a ser uma ciência que estava em sua fase inicial e as Escolas que posteriormente ia surgindo tinham a intenção de estudar o objeto da administração de modo a se ter sempre uma nova visão no campo. Além disso, as Escolas que iam surgindo sempre recebiam críticas em relação às posteriores.Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, 20 de março de 1856 – Filadélfia, 21 de março de 1915) foi um engenheiro mecânico estadunidense. Era técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. Escreveu o livro "Os Princípios da Administração Científica", publicado em 1911. É considerado "o pai" da Administração Científica, por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e a eficácia operacional na administração industrial e comercial.[2] Frederick Taylor acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade. Frederick achava que todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando sempre ao seu máximo desenvolvimento.
Em relação à produtividade e à participação dos recursos humanos, estabelecia a co-participação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade
Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais, Frederick introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma seqüência e um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício do tempo operacional.
Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados.
Incluiu um sistema de pagamento por quantidade produzida ou vendida. Isso fazia com que os rendimentos dos funcionários aumentassem de acordo com seu esforço. Assim, Taylor conseguiu maximizar significativamente a eficiência da organização. Frederick Taylor vem de uma rica família quaker de Germantown descendente de Samuel Taylor, que estabeleceu-se em Burlington, New Jersey, em 1677. Franklin Taylor, pai de Frederick, foi advogado educado em Princeton, e construiu sua riqueza com hipotecas.[3] A mãe, Annette Emily Taylor (née Winslow), foi uma ardente abolicionista colega de trabalho de Lucretia Mott. Educado inicialmente por sua mãe, Taylor estudou por dois anos na França e na Alemanha e viajou pela Europa por 18 meses.[4] Em 1872, ele ingressou na Phillips Exeter Academy em Exeter, New Hampshire. Após sua formatura, Taylor foi aceito na Harvard Law School. No entanto, devido a uma rápida deterioração de sua visão, Taylor teve que considerar uma carreira alternativa. Depois da depressão de 1873, Taylor tornou-se um aprendiz industrial, ganhando experiência no chão de fábrica em uma empresa de fabricação de bombas, a Enterprise Hydraulic Works, na Filadélfia. Carreira de Taylor progrediu em 1878 quando ele se tornou um trabalhador da loja de máquinas da Midvale Steel Company. Na Midvale, Taylor foi promovido a chefe de equipe, supervisor, diretor de pesquisa, e finalmente engenheiro-chefe. Em 1883, Taylor obteve o diploma de engenharia mecânica do Instituto de Tecnologia Stevens, onde estudou por correspondência.[5] Em 3 de maio de 1884, casou-se com Louise M. Spooner, da Filadélfia. De 1890 até 1893, Taylor trabalhou como gerente geral e um engenheiro consultor em gestão para a Investment Manufacturing Company, da Filadélfia, que operava grandes fábricas de papel no Maine e em Wisconsin. Ele passou um tempo como gerente de fábrica no Maine. Em 1893, Taylor abriu uma consultoria independente, na Filadélfia. Em seu cartão de visitas, lia-se "especialista em sistematizar gestão de trabalhos e minimizar custos de processos". Em 1898, Taylor entrou na Bethlehem Steel, onde desenvolveu o aço de alta velocidade, junto com Maunsel White e uma equipe de assistentes. Por seu processo de tratamento de ferramentas de aço de alta velocidade, ele recebeu uma medalha de ouro individual na Exposição de Paris em 1900, e foi condecorado com a medalha Elliot Cresson no mesmo ano pelo Instituto Franklin, da Filadélfia. Taylor teve de deixar a Bethlehem Steel em 1901, após algumas desavenças com os outros gerentes. Em 1901, Frederick Taylor e Louise adotaram os três órfãos Kempton, Robert e Elizabeth. Em 19 de outubro de 1906, Taylor recebeu o grau honorífico de Doutor Honoris Causa em Ciências pela Universidade da Pensilvânia[6] e, em seguida, lecionou na Tuck School of Business, no Dartmouth College.[7] No fim do inverno de 1915, Taylor contraiu pneumonia e morreu em 21 de março de 1915, apenas um dia após seu aniversário de 59 anos. Foi enterrado em West Laurel Hill Cemetery, em Bala Cynwyd, na Pensilvânia.[8]
Teoria de administração e a Relação com a ASMeTaylor foi presidente da Sociedade dos Engenheiros Mecânicos dos Estados Unidos (ASME) entre 1906 e 1907 e tentou implementar o seu sistema na gestão da ASME, mas recebeu muita resistência. Ele só conseguiu reorganizar o departamento de publicações e, mesmo assim, apenas parcialmente. Ele também substituiu o secretário de longa data da ASME, Morris L. Cooke, por Calvin W. Rice. Sua presidência foi marcada por problemas e pelo início de um período de divergências internas dentro da ASME durante a Era Progressista.[10] Em 1912, Taylor reuniu vários de seus artigos em um manuscrito com volume de livro e apresentou-o à ASME para publicação. A ASME formou uma comissão para revisar o texto. A comissão incluía aliados de Taylor, como James Mapes Dodge e Henry R. Towne. A comissão delegou a preparação do relatório para o editor do American Machinist, Leon P. Alford. Alford era um crítico do sistema de Taylor e seu relatório foi negativo. A comissão fez algumas leves modificações no relatório, mas aceitou a recomendação de Alford e recusou-se a publicar o livro de Taylor. Chateado, Taylor desistiu do livro mas publicou seus Princípios sem a aprovação da ASME.[11] PatentesTaylor registrou 42 patentes.[12] Uma das réguas de cálculo de Carl G. Barth.
Na França, Le Chatelier traduziu o trabalho de Taylor e introduziu a Administração Científica em todas as fábricas estatais durante a Primeira Guerra Mundial. Isto influenciou o teórico francês Henri Fayol, cuja Administration Industrielle et Générale (1916) enfatizou a estrutura organizacional no estudo da Administração. Ele sugere que Taylor tinha analistas de pessoal e consultores trabalhando com indivíduos dos níveis mais baixos da organização para identificar as formas de melhorar sua eficiência. De acordo com Fayol, essa abordagem resulta em uma "negação do princípio da unidade de comando". Fayol criticou a administração funcional de Taylor: em Shop Management, Taylor diz[13] que «... a característica mais marcante da administração funcional reside no fato de que cada operário, ao invés de entrar em contato direto com a gestão por um único ponto,... recebe suas ordens e orientações diárias de oito chefes diferentes... estes oito são: (1) fiscais de percurso, (2) homens dos cartões de instrução, (3) fiscais de custo e tempo, (4) líderes de equipe, (5) fiscais de velocidade, (6) inspetores, (7) chefes de reparo e (8) disciplinadores.» Segundo Fayol, isto era uma situação impraticável, e Taylor deve ter restaurado a dicotomia, de alguma maneira não descrita em seus trabalhos.
SuíçaNa Suíça, o estadunidense Albert Edward Filene criou o Instituto Internacional de Administração para difundir o Estudo de Tempos e Movimentos da Administração Científica prevalecendo sobre outras técnicas de administração. URSSVladimir Lenin ficou muito impressionado com o taylorismo, que ele e Stalin procuraram incorporar à indústria soviética. O taylorismo e os métodos de produção em massa de Henry Ford muito influenciaram os primeiros anos da União Soviética. Apesar disso, "(...) os métodos de Frederick Taylor nunca realmente se enraizaram na União Soviética".[15] A abordagem voluntarística do movimento stakhanovista na década de 1930 era absolutamente oposta à abordagem sistemática de Taylor, mas o sistema russo mostrou-se contra-produtivo.[16] As paradas no processo de produção que continuariam até a década de 1980, onde trabalhadores ficavam ociosos no início do mês e realizavam turnos ilegais de hora extra no fim, não tinha nada a ver com as fábricas taylorizadas, como por exemplo a Toyota, praticamente toda baseada nos Estudos de Tempos e Movimentos de Taylor, que se caracterizam por processos de gestão e produção contínua (heijunka), que são continuamente melhorados (kaizen).[17] "A abundância é de mão-de-obra, que permitia a Taylor escolher apenas 'homens de primeira classe', foi uma condição importante para o sucesso de seu sistema."[18] A situação na União Soviética era muito diferente. "Como o trabalho não tem um ritmo regular, o gerente racional contrata mais trabalhadores do que ele precisaria caso os recursos fossem sempre os mesmos, e assim ele garante ter o suficiente para os períodos de maior volume. Com a escassez de trabalho contínuo, os administradores se dispõem a pagar mais do que são obrigados para os trabalhadores necessários, seja por intermédio de contratos falsos, atribuindo-lhes graus mais elevados do e habilidade do que receberiam pelo próprio mérito, ou pagando-lhes por peça, ou convertendo os pagamentos por incentivo (prêmios pelo bom trabalho) em parte efetiva do salário normal. Como Mary McAuley sugeriu, sob estas circunstâncias, o pagamento por peça produzida não é um incentivo salarial, mas uma forma de justificar os trabalhadores dando-lhes o que eles 'deveriam' estar recebendo, não importa qual deveria ser o seu salário de acordo com as normas oficiais".[19] Taylor e suas teorias foram igualmente referenciados (e postos em prática) em 1921, no romance distópico We de Yevgeny Zamyatin. CríticasO teórico Henry Mintzberg é altamente crítico em relação aos métodos de Taylor. Mintzberg afirma que a obsessão com a eficiência permite benefícios mensuráveis e quantificáveis que ofuscam completamente os benefícios sociais e sindicais menos tangíveis, e os valores sociais são deixados para trás.[20] Os métodos de Taylor também foram contestados por intelectuais socialistas. O argumento apresentado refere-se ao esgotamento progressivo dos trabalhadores no local de trabalho e à subsequente degradação do trabalho, movido pelo capital, que usa os métodos de Taylor para tornar o trabalho repetitivo, monótono e reduzindo ainda mais as habilidades dos trabalhadores.[21] Taylor foi ainda um proeminente jogador de tênis, tendo vencido, em 1881, o primeiro Aberto dos Estados Unidos, fazendo dupla com Clarence Clark no torneio em Newport Casino.[22] Taylor faleceu na cidade onde nasceu, Filadélfia, em 21 de março de 1915. Seu falecimento foi decorrente de uma pneumonia.
Taylor publicou vários artigos e monografias curtas. Entre eles:
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Page 23 de maio é o 123.º dia do ano no calendário gregoriano (124.º em anos bissextos). Faltam 242 para acabar o ano. 1808: Três de Maio em Madrid. 1815: Batalha de Tolentino.
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