O que é visão periférica

O que é visão periférica

          Nossa famosa visão periférica ( a do ´canto de olho´), tão adorada pelos atletas, é um produto evolucionário interessante e uma das nossas melhores armas de defesa.           Muito provavelmente você já deve ter notado que percebemos movimentos e luminosidade muito melhor com a visão periférica. Já a determinação exata do que você está vendo é determinada pela vista frontal.  É fácil demonstrar isso. Com certeza você já estava em um ambiente escuro e, de repente, percebe um movimento ao seu lado, mas quando vira para ver o que é, não vê nada. Então, você volta aos seus afazeres e, novamente, percebe o movimento de canto de olho. Vira, não vê nada, acende a luz meio encucado e, finalmente, consegue confirmar o que sua visão periférica estava te alertando: uma formiga. Outra situação fácil de exemplificar é quando estamos olhando para o céu, mas está muito nublado, ficando difícil observar qualquer estrela diretamente. Porém, se você olhar o céu de lado, mantendo sua visão frontal fixa em algo, vai conseguir perceber os fracos pontos de luz por trás das densas nuvens.
O que é visão periférica
Em ambientes escuros, a visão periférica mostra todo o seu poder
          A visão periférica é determinada, majoritariamente, pelos bastonetes, e a central pelos cones, com estes diminuindo em quantidade à medida que a visão lateral vai se aproximando. Os cones definem melhor a forma e reconhecimento dos objetos, e os bastonetes são mais sensíveis aos movimentos e luz. Isto era uma adaptação muito importante no passado, quando estávamos mais dependentes da vida selvagem. Com uma sensibilidade maior na periferia, percebíamos melhor as ameaças chegando, pois os predadores tendem a chegar na surdina, de lado ou por trás ( aí você se ferrou...), para uma surpresa. E isto era favorável tanto de dia quanto à noite, já que os bastonetes captam melhor qualquer modificação de luminosidade e movimento. Hoje também ela é importantíssima, principalmente nos esportes e trabalhos de muito movimento. Quando você dirige um carro, atravessa uma rua ou qualquer situação onde os movimentos estejam regrados na surpresa seu campo periférico é essencial.            E quando você estiver colando na prova, agradeça à sua visão periférica por tomar conta do professor. Mas lembre-se que ele também a tem...

A espetacular visão periférica

O que é visão periférica
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Um problema na visão periférica significa que você não tem um campo de visão normal, mesmo que sua visão central ainda possa ser boa. “Casos moderados e graves de perda de visão periférica criam a sensação de ver através de um tubo estreito, uma condição comumente referida como visão em túnel. Os sintomas de perda de visão periférica também pode incluir dificuldade de enxergar com pouca luz e diminuição da capacidade de se orientar, enquanto você está andando”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

O que causa a perda da visão periférica?

Uma causa comum de perda da visão periférica, também chamada de defeito de campo periférico, é uma lesão do nervo óptico provocada pelo glaucoma. “O portador de glaucoma apresenta um bloqueio do fluxo de sangue normal para as estruturas internas do olho, incluindo o nervo óptico, o que pode levar à perda da visão periférica”, explica a oftalmologista Márcia Lucia Marques (CRM-SP 110.583), que também integra o corpo clínico do IMO. 

Um acidente vascular cerebral ou lesão também podem danificar partes do cérebro, onde as imagens são processadas, conduzindo a pontos cegos no campo visual. Segundo a médica, as causas básicas de perda de visão periférica incluem:

  • Glaucoma;
  • Retinite pigmentosa;
  • Derrames intraoculares;
  • Descolamentos de retina;
  • Dano cerebral por acidente vascular cerebral;
  • Dano neurológico, como neurite óptica;
  • Cabeça do nervo óptico comprimido (papiledema);
  • Concussões (lesões na cabeça).

“Se o paciente tiver uma queda súbita na visão periférica deve consultar o oftalmologista imediatamente, pois a perda repentina de visão pode indicar um descolamento de retina, inflamações do nervo óptico ou problemas neurológicos que são emergências médicas e devem ser diagnosticadas e tratadas o mais cedo possível para evitar a perda da visão permanente”, observa a oftalmologista.

Tratando a perda da visão periférica

Não há opções simples de correção da perda permanente da visão periférica. Um sistema de prisma pode ser adicionado aos óculos de grau para expandir seu campo de visão, em alguns casos de perda de visão periférica.

“Já se o paciente tem glaucoma, o melhor é prevenir o aparecimento da visão em túnel. Se colírios são prescritos, o paciente deve usá-los da maneira recomendada, regularmente, para controlar a pressão alta do olho, visando evitar o risco de danos permanentes do nervo óptico e o desenvolvimento de pontos cegos em seu campo visual. Se não for tratado, o glaucoma pode levar à perda permanente da visão periférica”, explica Márcia Lucia Marques.

Terapias para a visão também podem auxiliar os pacientes que apresentam pontos cegos na visão em função de danos cerebrais. Pesquisadores do Eye Institute descobriram recentemente que técnicas de terapia da visão específicas podem ajudar os pacientes a recuperarem pelo menos parte da perda do campo visual associado aos danos no córtex visual do cérebro.

“Já se o paciente tem perda permanente da visão periférica, ele deve contar com o auxílio de um especialista em baixa visão, que pode aconselhá-lo sobre o uso de óculos especiais ou de dispositivos ópticos que possam ajudá-lo com problemas de mobilidade causados pela visão em túnel”, recomenda a médica.

Márcia Lucia Marques destaca também que a visão periférica reduzida pode afetar a capacidade do paciente de dirigir com segurança. “Um especialista em visão subnormal poderá avaliar a extensão da perda de visão periférica do paciente, bem como se certificar de que a visão restante atende aos requisitos legais para ser portador de uma carteira de motorista válida”, alerta a médica.

A visão central é aquela em que temos maior foco e riqueza de detalhes, formada em uma área chamada mácula. Já a visão periférica é formada fora da mácula, na periferia da retina. É com ela que percebemos os objetos e movimentos ao nosso redor, ainda que sem muita nitidez. É muito importante para a nossa locomoção e noção de espaço.

A deficiência visual pode ter diversas peculiaridades e impactar a vida das pessoas de muitas maneiras. Ainda bem que contamos com a solidariedade de pessoas muito solidárias, que doam para a Fundação Dorina e nos permitem oferecer o melhor atendimento para cada uma delas. Veja o caso do Gustavo, por exemplo.

O que é visão periférica
Materiais acessíveis, como livros com fonte ampliada, são essenciais para crianças com baixa visão, como Gustavo

Ele começou a usar óculos desde pequenininho por causa da miopia, mas aos quatro anos, os pais perceberem que a visão estava piorando. Pouco tempo depois, descobriram que ele tinha uma atrofia no nervo ótico, por causas até hoje desconhecidas.

Em um dos olhos, a visão periférica foi gravemente afetada. No outro, a visão central.

Pra você entender melhor, é mais ou menos assim que o Gustavo enxerga:

O que é visão periférica

O Gustavo não é totalmente cego, mas tem baixa visão (ou visão subnormal). Por conta dessa característica, muitas vezes ele precisa inclinar o rosto pra enxergar melhor por entre essas “manchas” que cobrem sua visão.

Aqui na Fundação Dorina, graças ao apoio que recebemos dos nossos doadores, ele recebe atendimento gratuito nas áreas de assistência social, fisioterapia, pedagogia e oftalmologia para manter a saúde ocular e se desenvolver com autonomia e segurança!

Centenas de crianças cegas ou com baixa visão precisam muito desse atendimento que oferecemos gratuitamente aqui.

Seja um doador e contribua para o futuro do Gustavo e de muitas outras pessoas com deficiência visual.

Ou, se preferir receber uma ligação com mais informações, deixe seu telefone AQUI.