O que é estudo multicentrico no brasil

Significado de multicêntrico: Que tem muitos centros. I- Definição do termo: Projetos multicêntricosprojeto de pesquisa a ser conduzida de acordo com protocolo único em vários centros de pesquisa e, portanto, a ser realizada por pesquisador responsável em cada centro, que seguirá os mesmos procedimentos. Ensaio Clínico Multicêntrico: estudo realizado de acordo com um único protocolo, em mais de um centro de ensaio e/ou em mais do que um país. Ensaio Clínico Aberto: estudo em que tanto o investigador como o doente sabem qual a medicação que está a ser administrada. O procedimento específico nos protocolos multicêntricos é elencar o centro coordenador (proponente do projeto) e os participantes, indicando o nome do pesquisador que será o responsável em cada centro. 33) Se o estudo é multicêntrico no Brasil - O estudo apenas será multicêntrico se a mesma pesquisa for desenvolvida em mais de uma instituição ou centro de pesquisa. Neste caso, todas as instituições em que os dados serão coletados deverão apresentar autorização. ... não devem ser citadas como instituições coparticipantes. O CEP da instituição coparticipante tem a prerrogativa de analisar e aprovar, ou não, o estudo, tal qual ele foi aprovado pela instituição proponente, mas não deve emitir pendências. Os ensaios clínicos não-controlados descrevem o curso da doença em um único grupo de pacientes antes e depois da exposição a uma intervenção. Um outro nome para esse delineamento é estudo antes/depois. A hipótese dessa abordagem PE que qualquer melhora observada após o tratamento resulta do próprio tratamento(6). Braço do Estudo: um dos grupos de comparação em uma pesquisa clínica desenhada como "comparativa", paralela ou cruzada, e não "descritiva". Conforme Artigo 2° item XVII da Resolução 510/2016 pesquisador responsável é a pessoa com no mínimo título de tecnólogo, bacharel ou licenciatura, responsável pela coordenação e realização da pesquisa e pela integridade e bem-estar dos participantes no processo de pesquisa. Os estudos do tipo paralelo são ensaios clínicos longitudinais, prospec- tivos, aleatorizados e com mascaramento, sendo considerados como padrão ouro para evidenciar a eficácia da intervenção em investigações na área mé- dica (3, 5). Esse tipo de desenho experimental é o mais comumente utilizado nos ensaios clínicos. O termo "randomizado" diz respeito ao fato de que os grupos utilizados no experimento têm seus integrantes escolhidos de forma aleatória. O termo "controlado" diz respeito a determinadas variáveis que são controladas, buscando-se identificar a relação entre variáveis. 1. O pesquisador deve se cadastrar no site: http://plataformabrasil.saude.gov.br. Para realizar o cadastro é necessário ter em mãos: -Arquivo contendo a identidade (RG) digitalizado (frente e verso); -Uma foto; -Número do CPF e RG. 2.

Os estudos clínicos multicêntricos, ou seja, aqueles conduzidos simultaneamente em mais de um centro de pesquisa, apresentam peculiaridades bastante interessantes, mas também desafiadoras para a pesquisa clínica no Brasil. Levando-se em conta a pluralidade do nosso país, com diferentes hábitos, costumes e culturas distribuídos em seus vários estados e regiões, o estudo multicêntrico é capaz de abranger uma maior parte dessa diversidade da população, aumentando a representatividade da amostra do estudo e, consequentemente, concedendo-lhe maior “poder”, já que seus resultados podem ser aplicáveis à população em geral. Além disso, sob o ponto de vista prático, facilita a captação de participantes de pesquisa, reduzindo o tempo do estudo.

O que é estudo multicentrico no brasil

Entretanto, na experiência adquirida com a prática da pesquisa clínica, temos observado duas questões que necessitam de reflexão no que tange a estudos multicêntricos: o trâmite de diferentes apreciações éticas dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) institucionais de cada centro participante e a importância na escolha do centro coordenador. O processo de aprovação ética de um estudo multicêntrico tem início com a submissão do dossiê regulatório do estudo ao CEP do centro coordenador. Após a aprovação por parte deste CEP, denominado CEP coordenador (e também da CONEP, caso necessário), os demais centros participantes devem submeter o dossiê regulatório do estudo a seus respectivos CEPs institucionais. Levando-se em conta a necessidade de manter a equivalência dos documentos do estudo para todos os centros participantes, quando são solicitadas alterações na documentação por parte dos diferentes CEPs, temos então uma complexa situação a ser administrada, pois estas alterações teriam que ser encaminhadas aos demais CEPs para apreciação (inclusive do CEP coordenador e dos CEPs que eventualmente já aprovaram o estudo). Aplicando esta situação a uma escala de dezenas de centros de pesquisa (o que muitas vezes corresponde à realidade), abre-se precedente a um emaranhado e infindável trâmite regulatório. Especialistas ligados a esta seara já expressaram opiniões favoráveis a um sistema regulatório em que, no caso de estudos multicêntricos, o projeto de pesquisa deveria ser aprovado pelo CEP coordenador, cabendo aos demais CEPs institucionais a opção de, conforme sua apreciação ética, aderir ou não àquele projeto, não sendo permitidas novas alterações. Seja para tornar possível este processo regulatório utópico, seja para evitar alterações na documentação e emendas desnecessárias no processo atual, há que se levar em conta a grande importância da escolha do centro e CEP coordenadores, cabendo ao patrocinador esta importante atribuição. O centro coordenador é o responsável pela coleta e organização das informações provenientes de todos os demais centros envolvidos no estudo clínico e, para tal, além de uma equipe especializada, é necessário o estabelecimento de uma comunicação constante com os demais centros. Outro aspecto a ser observado se refere ao CEP desta instituição. O CEP coordenador não necessita apenas das qualificações inerentes a um Comitê de Ética em Pesquisa. É ele o grande “carro-chefe” da aprovação ética da pesquisa e, tendo em vista tal responsabilidade, é desejável que sua avaliação seja criteriosa e consistente o bastante a fim de evitar outras pendências por parte dos demais CEPs, poupando atraso nos prazos regulatórios, inúmeras emendas geradas, dificuldades na manutenção da equivalência da documentação, além de outros percalços no decorrer na pesquisa.

Isto posto, é notável que a incumbência de coordenar um estudo multicêntrico acarreta uma grande responsabilidade tanto para o centro quanto para o CEP institucional. Assim, a definição por parte do patrocinador deve ser baseada na qualificação de ambos, garantindo uma pesquisa de qualidade e sem maiores entraves.

Emanuela Dourado Rebêlo Ferraz possui bacharel em Psicologia, é especialista em Saúde Mental, tem docência do Ensino, em Perito Examinador do Trânsito e é mestre em Psicologia.

Mariela Sousa de Jesus é graduada em Direito, pós-graduada em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Ela ocupou, até então, o cargo de Diretora-Executiva da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde – Fepecs, chefiou o Gabinete da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, dirigiu a Tesouraria da Caixa de Assistência dos Advogados do Brasil/Seccional/DF, atuou na Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, foi membro da OAB/DF das Comissões da Mulher Advogada e da Comissão de Prerrogativa, além de ter realizado outras funções.

Paulo Ricardo Silva é formado em Direito e pós-graduado em História. Ele ocupou, de maio de 2020 até o momento, o cargo de Secretário Adjunto Executivo de Saúde do Distrito Federal. Paulo Ricardo possui vasta experiência em gestão, inclusive, no Ministério da Saúde, onde coordenou e dirigiu ações do Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde (Programa Mais Médicos). Pelo Ministério da Saúde, também participou da publicação da Cartilha do Programa Mais Médicos.