Sabe-se que nos dias atuais, em se tratando das propostas sugeridas pelas universidades, no que se refere aos gêneros textuais cobrados na prova de Redação, há uma flexibilidade maior no sentido de o candidato se sentir mais à vontade para optar entre esta ou aquela modalidade a ser produzida– o que facilita de modo satisfatório a vida dele/dela, haja vista que a familiaridade que se tem por este e não por aquele gênero demarca tão somente as verdadeiras razões da escolha. Assim, suponhamos que as modalidades sugeridas resultem no editorial, na carta argumentativa ou no diário de ficção. Obviamente que aquele em que as habilidades se mostrarem um pouco mais familiares, digamos assim, será o escolhido. Assim, acerca dos casos representativos acima citados, sobretudo no que diz respeito aos dois primeiros (editorial e carta argumentativa), todos nós já temos uma noção acerca das características linguísticas, bem como da estrutura que os compõe. Desse modo, não seria descabido afirmarmos se tratar de gêneros em que o emissor não dispõe de certa liberdade, em termos de recursos estilísticos, para construir seu discurso, haja vista o caráter argumentativo que os nutre (daí a razão da impessoalidade, acima de tudo). Agora, no que se refere a esse último dos exemplos, uma vez demarcado pelo diário de ficção, atesta-se uma mobilidade no que diz respeito à enunciação, justamente por se tratar de um texto híbrido. Híbrido no sentido de que recursos expressivos, tais como o uso de figuras de linguagem, uso de certo coloquialismo, desde que esse esteja totalmente a favor do próprio projeto de texto, são perfeitamente aceitáveis. Dessa forma, cabe ressaltar que a ideia que se tem do diário “íntimo”, uma vez comparada ao diário de ficção, destoa-se, visto que enquanto no diário comum a interlocução reside no próprio “eu”; no ficcional, ela é destinada ao público, isto é, não é feito para ser trancado às sete chaves, mas sim para ser publicado. Outro aspecto que também pontua tais diferenças de uma forma significativa diz respeito ao próprio título, demarcado por “ficcional”, em que tudo tem a ver com a Literatura, na qual o emissor acaba mobilizando o leitor a partir das próprias estratégias de comunicação, ou seja, o foco agora não se destina à percepção sensível de alguém que faz anotações para si mesmo(a), mas ao efeito que se deseja produzir no público-leitor. Cabe afirmar, ainda, que, enquanto no diário convencional (íntimo) as anotações não possuem cunho retórico, no ficcional, elas assumem totalmente esse aspecto, pois parte do que antes era concebido como individual para social. Sintetizando, temos que no gênero em questão, o propósito enunciativo é agradar os leitores, diferentemente do que ocorre quando a interlocução se destina ao próprio eu subjetivo. Como se vê, motivos parecem não faltar para que você aprimore suas habilidades linguísticas no que se refere aos aspectos que norteiam o gênero enfatizado, haja vista fazer parte dos requisitos exigidos nas provas de seleção, como antes enfatizado.
Plano de Aula Plano 3 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Diários Materiais complementares: Brincadeira do "Caderno de Respostas".
Sugestão de adaptação para ensino remoto Recursos indicados- Necessários: WhatsApp e e-mail para compartilhar os documentos do Google da atividade; Google Docs (tutorial disponível aqui); Material para a atividade: Imagem da atividade 1, disponível aqui; Imagens da atividade 2, disponíveis aqui; Textos disponíveis aqui; Trecho do livro, disponível aqui. - Opcionais: Google Formulários (tutorial disponível aqui); Introdução Desenvolvimento Fechamento Convite às famílias
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA Título da aula: Diário : ler para conhecer o gênero Finalidade da aula: Localizar informações explícitas em textos do gênero em estudo. Ano: 3º ano do Ensino Fundamental Gênero: Diário Objeto(s) do conhecimento: Estratégia de leitura / Compreensão em leitura Prática de linguagem:Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Habilidade(s) da BNCC: EF15LP02, EF15LP03, EF03LP12 Sobre esta aula: esta é terceira aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Diário e no campo de atuação Vida cotidiana; Artístico-literário. A aula faz parte do módulo de Leitura. Materiais necessários: Computador, projetor multimídia e tela. Acesso à internet. Textos impressos. Tesoura e cola. Informações sobre o gênero: Os gêneros que expressam por escrito a vida de uma pessoa por ela mesma são chamados autobiográficos e interessa-nos o diário pessoal, informal e íntimo de comunicação cotidiana, bem como o de comunicação produzida. São gêneros propícios a refletir a individualidade de quem enuncia. Apresentam elementos constitutivos mais maleáveis, entretanto, sua estrutura constitucional apresenta elementos essenciais: TEMA: a escrita sobre si (confissões, segredos, inquietações, emoções, opiniões…) FORMA: datação, vocativo e despedida. LINGUAGEM: uso da 1ª pessoa, vocabulário informal, caligrafia como marca pessoal nos suportes tradicionais e emoção TEMPO: resgate da memória diária ao final do dia, geralmente; INTERLOCUÇÃO: o próprio diálogo com o diário. Leitor imaginário ou, eventualmente, autorizados pelo autor. INTERATIVIDADE: inexistente - leitor não interfere. Qualquer pessoa pode ter um diário, bastando compromisso e iniciativa. Sua função é “ guardar segredo”, se o autor assim quiser. Dificuldades antecipadas: No início do 3º ano, a expectativa é que os alunos tenham construído o Sistema de Escrita Alfabética e, que, deste modo, leiam e escrevam, autonomamente . Podem apresentar dificuldades em localizar as informações explícitas nos textos. O desafio é ampliar a fluência na leitura e escrita com base em textos orais e escritos, inseridos em contextos reais ou imaginários. Os agrupamentos se fazem necessários. Referências sobre o assunto: PEREIRA, M. H. M. SILVA, J. B. O gênero diário pessoal: como se confecciona o íntimo. Revista Línguas & Letras – Unioeste – Vol. 16 – Nº 34 – 2015. Disponível em: http://erevista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11973/9212
Plano de Aula Plano 1 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Diários - Opcionais: Google Meet (tutorial disponível aqui); - Material: Introdução DesenvolvimentoCrie um mural no Padlet e disponibilize a imagens da atividade. Oriente os alunos, pelo WhatsApp, a observarem as imagens e adicionarem post-its com as respostas às perguntas que forem sendo encaminhadas (pelo WhatsApp ou pelo próprio mural). Outra opção é usar um formulário do Google com as imagens e perguntas sugeridas nas orientações do plano. Em seguida, organize uma videochamada pelo Google Meet e apresente os textos sugeridos no slide. Você pode abrir o documento (PDF) e compartilhar sua tela para que os alunos tenham acesso. Faça as perguntas sugeridas nas orientações do plano e, em seguida, apresente os itens propostos no slide 2 do desenvolvimento em um documento do Google. Vá preenchendo com as sugestões dos alunos. Depois de preenchido coletivamente, compartilhe esse documento com os alunos. Finalize a videochamada compartilhando a imagem, a história e o diário de Anne Frank. Fechamento Convite às famílias
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA Título da aula: Diário: conhecendo o gênero. Finalidade da aula: Conhecer o gênero Diário e sua função social. Ano: 3º ano do Ensino Fundamental Gênero: Diário Objeto(s) do conhecimento: Reconstrução das condições de produção e recepção de textos /estratégias de leitura Prática de linguagem: Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Habilidade(s) da BNCC: EF15LP01, EF15LP02 Sobre esta aula: Esta é primeira aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Diário e no campo de atuação Vida cotidiana; Artístico-literário, esta aula faz parte do módulo de Leitura. Materiais necessários: Computador, projetor multimídia e tela ou impressão dos slides. Bloco de folhas pautadas, grampeadas, ou de acordo com a realidade local, disponibilizar um caderno com pautas para cada aluno. Informações sobre o gênero: Os gêneros que expressam, por escrito, a vida de uma pessoa por ela mesma são autobiográficos, e interessa-nos o diário pessoal, informal e íntimo de comunicação cotidiana; bem como o de comunicação produzida. São gêneros propícios a refletir a individualidade de quem enuncia. Apresentam elementos constitutivos mais maleáveis. Entretanto, sua estrutura constitucional apresenta elementos essenciais: TEMA: a escrita sobre si (confissões, segredos, inquietações, emoções, opiniões…) FORMA: datação, vocativo e despedida. LINGUAGEM: uso da primeira pessoa, vocabulário informal, caligrafia como marca pessoal nos suportes tradicionais e emoção TEMPO: resgate da memória diária no fim do dia, geralmente; INTERLOCUÇÃO: o próprio diálogo com o diário. Leitor imaginário ou, eventualmente, autorizados pelo autor. INTERATIVIDADE: inexistente - leitor não interfere. Qualquer pessoa pode ter um diário, bastando compromisso e iniciativa. Sua função é “guardar segredo”, se o autor assim quiser. Dificuldades antecipadas: No início do 3º ano, a expectativa é que os alunos tenham construído o Sistema de Escrita Alfabética e, que, deste modo, leiam e escrevam autonomamente. O desafio é ampliar a fluência na leitura e na escrita com base em textos orais e escritos, inseridos em contextos reais ou imaginários. Referências sobre o assunto:PEREIRA, M. H. M. SILVA, J. B. O gênero diário pessoal: como se confecciona o íntimo. Revista Línguas & Letras – Unioeste – Vol. 16 – Nº 34 – 2015. Disponível em: http://erevista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11973/9212 |