FIRMEZA DO ANJO DA GUARDA. Antes de falarmos sobre a firmeza que devemos fazer aos nossos Anjos da Guarda, é importante entendermos mais sobre quem ele pode ser. No meu entendimento, o Anjo da Guarda é um ser supremo. Uma força divina de muita Luz, designada pelo Pai Maior no momento da nossa reencarnação para nos proteger e nos guiar sempre pelos caminhos da Luz. Aconteça o que acontecer, esse ser supremo sempre nos ajudará, nos protegerá, nos ensinará a melhor forma de resolvermos as dificuldades do dia a dia e nos mostrará qual o melhor caminho a ser seguido. Por esta razão, não é raro que durante as consultas com as Entidades em nossa casa, um dos trabalhos passados aos consulentes seja justamente o de firmar o Anjo da Guarda. Seguindo essa mesma linha de pensamento, porém com uma análise muito mais profunda, Pai Fernando de Ogum em sua obra Grifos do Passado, página 86, nos ensina que nossos Anjos da Guarda podem ser nossos próprios Espíritos. “ Anjos são os espíritos puros criados por Deus, e significam mensageiros, e Anjo da Guarda é o anjo que Deus dá a cada homem, para protegê-lo. Se temos dentro de nós a vontade e a partícula Divina, não pode ser essa essência, nosso próprio guardião? E se nessa vida, estamos vivendo uma unidade de encarnação, temos todo direito de evocar a somatória de nossas vidas anteriores, para proteger a nossa atual. Quem melhor que nosso próprio espírito, para nos proteger? ” Creio que a reflexão seja bastante válida, mas certamente, se existe um mistério dentro da Umbanda, ele se chama Anjo da Guarda. Conseguiremos a perfeita compreensão deste e de outros pontos de certa forma desconhecidos por nós através do tempo e de seus ensinamentos. Voltando à firmeza do Anjo da guarda, por qual motivo ela é tão necessária? Nosso Anjo da Guarda precisa da luz gerada pela vela? Creio que não, afinal, um ser supremo, criado por Deus para nos proteger, certamente é possuidor de toda Luz que a Espiritualidade possa lhe conceder para essa missão. Mas então qual a finalidade dessa firmeza? Eu acredito que seja por nós mesmos, nós sim enquanto seres encarnados e imperfeitos necessitamos de Luz para conseguirmos entender os sinais e orientações passados o tempo todo por nossos Anjos Guardiões e seguirmos nossa caminhada pelos caminhos da Luz, em direção à Luz. Para fazermos a firmeza do Anjo da Guarda é necessária apenas uma vela de 7 dias branca (pode ser substituída por velas palito, a diferença que essa vela palito será acesa uma nova a cada dia. Antes de acender uma vela verifique se o local oferece segurança para isso. Superfícies inflamáveis, ou próximas a tecidos, papeis, combustíveis e materiais inflamáveis não devem ser utilizadas) e um copo com água. Melhor se essa água for pura, sem aditivos químicos. Ela servirá para potencializar a força da luz da vela pois é uma excelente condutora de energias. A vela pode ser firmada em um pires de louça branca ou em um suporte comum para as velas de 7 dias ou velas palito. Após acendê-la e colocarmos a água no copo, devemos fazer uma oração vinda do nosso coração. Primeiramente devemos agradecer por toda a proteção recebida, pela nossa saúde, pela nossa família, pela nossa fé, pelo nosso trabalho, por mais um dia vivido com as bênçãos do Divino Criador. Depois dos agradecimentos devemos pedir o que precisamos, mas principalmente, para que sejamos entendedores dos sinais que os Anjos da Guarda, Orixás e Guias nos passam o tempo todo e que a vela e a água sirvam como potencializadores desse entendimento, que sejam elementos de aproximação entre nós e o Sagrado e que todo e qualquer mal ou energias negativas sejam afastados das nossas vidas. Alguns Pais de Santo ensinam ainda a utilização de cristais, mel ou a utilização de uma quartinha de louça branca em substituição ao copo. Todos estes elementos farão o mesmo papel que a água, potencializarão a luz gerada pela vela para que seja absorvida por nós. Eu sempre defendo que, por não ser uma religião codificada, na Umbanda não existe certo ou errado, desde que o bom senso o respeito ao próximo e o bem prevaleçam. Após os 7 dias, a água deverá ser descarregada, preferencialmente em uma planta ou gramado e o processo deve ser refeito, semana após semana. Importante ressaltar que não adianta firmar e não fazer mais nada até o momento em que a vela terminar. As orações deverão ser diárias, este é o momento onde exercitaremos nossa fé e nos religaremos ao Sagrado. Não existe um dia específico para firmar o Anjo da Guarda. Pode ser nos dias de gira, para quem é frequentador de algum terreiro ou no domingo por ser o início da semana, assim, criamos um ciclo constante de agradecimento pela semana que terminou e de pedidos pela que está iniciando. Reforço a questão de segurança. Não acenda velas em locais que não sejam apropriados. Axé! Pai Luiz de Oxóssi.
Primeiramente quando acendemos uma vela seja para que Entidade ou Guia, Santo, Orixá que for estamos procurando com este ato realizar um religare. O ato de acender uma vela é algo sagrado contido em várias culturas religiosas pelo mundo a fora, e deve-se ser feito com profundo respeito. As velas antigas eram fabricadas utilizando Junco embebidas em sebo, símbolo de iluminação, nos tempos antigos foi considerada artigo de luxo, onde somente pessoas qualificadas tinham a autorização de fabricá-las. Hoje encontramos velas fabricadas de diferentes composições e formatos. Vamos pegar por base a vela do Anjo da Guarda.
Velas para guias e Orixás, deve-se ter o mesmo respeito, variando é claro as cores das velas de acordo com a raiz de cada casa. Eu particularmente todas as minhas velas são ungidas e consagradas. Independente da cor, o que vale mesmo é a INTENÇÃO. Se você precisa acender uma vela para Iança e não tem a vela de sua cor, acenda o branco. Apenas um exemplo. Esse grande detalhe juntamente com a questão de MERECIMENTO, fazem toda a diferença para que o RESULTADO seja alcançado. Um detalhe importantíssimo em toda firmeza para Orixá não deve faltar ÁGUA. ÁGUA SIMBOLIZA A VIDA. Algumas pessoas optam por acender as velas nos campos naturais, vamos ter bom senso, e responsabilidade, não se acende velas por exemplo encostadas em troncos de árvores, deve-se limpar bem o chão tirando o excesso de folhas secas, tomando todo o cuidado para que essa vela queime com segurança. Evitem de acender uma vela grudada na outra, a não ser que seja um trabalho especifico que exija esse tipo de manipulação. Um outro detalhe importante, não é necessário acender velas de Anjo da Guarda acima da cabeça, tipo colocar em cima de armários, lugares altíssimos, é muito perigoso, porque se essa vela tombar poderá causar incêndios e provocar sérios danos. A vela deve estar na altura do chakra raiz. Um outro detalhe, se for sair de casa é aconselhável colocar o prato dentro de uma forma, dessas de bolo, com água, porque se a vela tombar do prato, ou mesmo algum animal de estimação tocar nela e a derrubar, não irá causar danos porque irá estar amparada com uma forma cheia de água. A forma de água é muito útil quando queremos deixar uma oferenda num altar, protege para que não chegue insetos na mesma. Jamais deve-se acender uma vela sem ter um dono a qual está sendo ofertada. Caso contrário espíritos não muito idôneos podem se canalizar na mesma. Em caso de falta de luz elétrica é um caso aparte, mas assim que a luz voltar apague as velas. As cores das velas fora a representação dos nossos Orixás, também possuem significados próprios, quanto a intenção e energia. Vermelha: corresponde a pedidos mais urgentes e específicos Amarela: sabedoria, prosperidade e discernimento Azul: tranquilidade e paz Lilás: corresponde a pedidos relacionados a mudanças na vida Laranja: energia, vigor e força Branca: neutra; pode ser usada para qualquer pedido, Universal. Preta: usada na alta magia (tanto para o bem quanto para o mal), podendo seu propósito variar de acordo com a intenção do manipulador. Uma vela bem acesa ela emite sinais que muitas vezes podem surpreender, algumas chegam a mudar a cor da chama ficando azuladas, outras aumentam absurdamente de tamanho suas chamas, algumas chamas podem partir em duas, outras cospem labaredas. A vela é um dos mais antigos instrumentos de magia por isso que o ato de acender uma vela tenha que ser visto com maior responsabilidade e cuidado. E muita concentração para que não haja desvios de canalização. Muitas vezes as pessoas acendem uma vela para o Anjo da Guarda achando que o Anjo precisa da Luz da vela, mas na realidade essa Luz é para nós mesmos, com esse ato estamos nos iluminando nos religando ao sagrado, trazendo ele mais perto de nós e para nossa proteção. Quando acendemos uma vela estamos a busca de Paz, de conforto, é o momento que estamos sobre as graças do divino. Muitas pessoas ficam muito impressionadas por exemplo quando uma vela chora, derrete, sempre acham algo negativo, e nem sempre o é. Primeiramente precisamos verificar alguns detalhes, a qualidade da vela, do material e da parafina, tem velas que compramos para durar 7 dias elas duram 2 e olhe lá, entrada e correntes de ar podem provocar que essa vela queime de uma forma errada, vela acendidas juntas obviamente o calor de uma irá aquecer a outra, apesar de não ser uma regra porque já vi velas unidas queimarem perfeitamente. Muitas vezes as próprias entidades e guias mandam sinais pelas ceras das velas, uma recordação muito bonita que tenho foi uma vez que acendi uma vela para Iemanjá e na cera formou sua imagem. O sagrado também lê seu coração, então não adianta estar acendendo uma vela e estar pensando bobagens e coisas ruins. Precisa-se ter firmeza, pureza de intenções e muita concentração. Não entrarei no mérito dos reinos e povos de Exú e Pombogira, porque algumas questões quanto as suas firmezas já entram em méritos de fundamento. E devem ser aprendidos dentro do terreiro. As cores das velas desses povos e reinos são de acordo com os campos de atuação e magia as quais pertençam. Apenas um ex. Um exú que responda ao reino das matas pode utilizar uma vela metade preta e verde por exemplo. Um detalhe importante o ato de acender uma vela nunca fica impune, sempre a pessoa deixa seu magnetismo nela, cuidado e reveja para que objetivo esteja utilizando esse instrumento. Se for algo ruim lembre-se você deixou algo seu ali, uma parte sua, e algumas energias vão mas podem voltar e você sentir na própria pele suas intenções. Lembre-se sempre da história do carvão, o mal é como carvão, não ficamos de mãos limpas após tocá-lo. Muita prudência e seriedade neste momento, em caso de duvida consulte um guia idôneo ele saberá te orientar de como proceder. Espero que com esses toques sutis, possam mostrar a todos que o ato de acender uma vela pode aparentemente ser algo simples mas não o é. Por isso muita cautela, comprometimento e seriedade, ao manipular elementos. A vela é um símbolo de alta magia, um dos instrumentos essenciais em vários ritos religiosos. Basta enxergar quando nossos guias firmam seus pontos e colocam suas velas, a forma com que manipulam, usam os elementos, as vezes nas situações tão costumeiras que muitas vezes passam desapercebidas pela desatenção dos médiuns, os médiuns deixam de aprender lições preciosas. A vela muitas vezes simboliza a destruição, mas também o renascimento. ANTES DE ACENDER A VELA NO PLANO FÍSICO OBSERVE SE A VELA QUE AQUECE SUA ALMA TAMBÉM ESTÁ ACESA. Cristina Alves Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira. |