Muitos não sabem da importância de um pequeno animal que vive enterrado, construindo canais, galerias e arejando a terra. Surgidas há mais de 500 milhões de anos no planeta Terra e com mais de 5000 espécies em todo o mundo, as minhocas são animais invertebrados, de corpo cilíndrico e alongado, formado por vários anéis. Show Muito utilizadas na pesca como iscas, elas são muito importantes para o solo, por vários motivos. Os solos com muitas minhocas são considerados muito férteis, daqueles onde tudo que se planta, nasce. As características das minhocasA minhoca é um animal anelídeo, isto é, o seu corpo apresenta-se alongado e segmentado. A segmentação é possível por ser um animal invertebrado (não possui esqueleto) e tem, ao longo do seu corpo, alguns anéis que facilitam a sua locomoção e o modo como vive debaixo do solo. Estes animais são detritívoros, ou seja, a alimentação das minhocas é feita com organismos animais mortos e diversos tipos de plantas e folhas. Durante o processo, elas ingerem terra, aproveitando todo o material orgânico e eliminando a terra. Estes animais não possuem sistema auditivo nem visual. A respiração das minhocas é cutânea, ou seja, ocorre na pele. São hermafroditas (cada uma possui testículos e ovários), e não são capazes de se reproduzirem sozinhas, tendo a necessidade de outra para haver a troca dos espermatozóides. Podendo viver até os 16 anos e com o comprimento médio de 15 cm, as minhocas também possuem a capacidade de regeneração. A função e a importância da minhoca no meio ambienteComo já foi dito, as minhocas são muito importantes para o solo e para o meio ambiente, por vários motivos. Veja a seguir algumas funções destes animais:
Compartilhe: Anelídeos (Filo Annelida) são animais de corpo segmentado que vivem em diferentes ambientes, como água doce e solo úmido. Atualmente são conhecidas cerca de 16.500 espécies, sendo a minhoca a representante mais conhecida. São animais triblásticos, celomados e que apresentam simetria bilateral. O filo é tradicionalmente dividido em poliquetas, oligoquetas e hirudíneos, sendo um dos critérios para essa classificação a presença de cerdas. Saiba mais: Animais invertebrados – caracterizam-se pela ausência de coluna vertebral e crânio Tópicos deste artigo
Características gerais dos anelídeosOs anelídeos são animais que, como o nome sugere, possuem o corpo formado por vários segmentos que lembram uma série de anéis fundidos uns aos outros. Vivem em ambientes variados, sendo encontrados em ambiente marinho, em água doce e em solo úmido. Possuem representantes de diversos tamanhos, existindo organismos com menos de 1 mm e até com mais de 3 m, sendo esse o caso da minhoca gigante australiana. As minhocas são um dos representantes mais conhecidos de anelídeos. Os anelídeos são animais triblásticos (possuem três folhetos embrionários: endoderme, mesoderme e ectoderme), celomados (possuem uma cavidade corporal revestida por tecido derivado da mesoderme chamada de celoma) e protostômios (o blastóporo origina a boca). Seu corpo é mole e seu celoma é cheio de líquido, atuando, desse modo, como um esqueleto hidrostático. Como mencionado, os anelídeos apresentam segmentação do corpo, sendo observados septos separando tais segmentos. A organização do corpo em uma série de segmentos semelhantes é chamada de metameria. O corpo de um anelídeo apresenta três regiões, denominadas prostômio, tronco e pigídio. A parte anterior do corpo é chamada de prostômio e é onde o cérebro do animal está. O tronco é formado pelos segmentos do animal e é onde se encontra a maioria dos sistemas. A parte terminal do corpo, por sua vez, é chamada de pigídio e é onde o ânus é encontrado. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) O corpo dos anelídeos é revestido por uma cutícula colágena fibrosa, que recobre um epitélio que apresenta células glandulares e também sensoriais. A parede do corpo do animal apresenta camadas de músculos circulares e longitudinais. O sistema digestório dos anelídeos é completo, iniciando-se na boca, localizada anteriormente, e finalizando-se no ânus, na região posterior do corpo. O trato digestivo é tubular e estende-se por todo o corpo do animal, atravessando cada septo. Os anelídeos alimentam-se de diferentes produtos, existindo espécies carnívoras, herbívoras e até parasitas. Poliquetas são encontrados em ambiente marinho e apresentam várias cerdas. Os sistema circulatório desses animais é fechado, com o sangue correndo, portanto, no interior dos vasos. O plasma sanguíneo apresenta hemoglobina dissolvida, sendo essa molécula responsável pelo transporte de oxigênio no animal. A respiração dos anelídeos pode ser realizada de diferentes formas. Algumas espécies apresentam respiração cutânea, outras, no entanto, apresentam respiração branquial. Em muitos poliquetas, observa-se a presença de estruturas chamadas de parapódios, que atuam, entre outras funções, como brânquias. O sistema excretor dos anelídeos é formado por um par de nefrídeos por segmento. Na maioria dos anelídeos, como as minhocas, observa-se a presença de metanefrídeos, estruturas que coletam o líquido diretamente do celoma do animal. Os anelídeos apresentam um sistema nervoso que é formado um par de gânglios cerebrais, também chamados de cérebro, e conectivos para um ou dois cordões nervosos que se estendem por todo o comprimento do corpo do animal. Em cada segmento, observa-se a presença de gânglios nervosos e nervos laterais. Leia também: Tipos de respiração dos animais Classificação dos anelídeosTradicionalmente os anelídeos são classificados em três grupos: poliquetas, oligoquetas e hirudíneos. Estudos filogenéticos recentes mostram alguns problemas relacionados a essa divisão, porém abordaremos a divisão em três grupos por ser a mais difundida.
As sanguessugas eram utilizadas no passado para realização de sangrias.
Caso queira aprofundar-se mais nas características desses três grupos, leia: Classificação dos anelídeos. Por Vanessa Sardinha dos Santos |