De acordo com o texto, as megacidades são os focos da globalização explique por que

Ronaldo Decicino

(Atualizado em 03/01/2014, às 16h19)

"Cidade global" e "megacidade" são termos relacionados à forte urbanização que vem ocorrendo no mundo. No entanto, embora estejam relacionados um ao outro, não podem ser confundidos, pois designam realidades diferentes.

Megacidade

O termo "megacidade" refere-se a cidades muito grandes em termos populacionais, não considerando outros aspectos desses centros urbanos. Expressa, portanto, um aspecto estritamente quantitativo.

O termo "megacidade" surgiu em meados da década de 1990, quando especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) observaram que algumas cidades estavam aumentando seus contingentes populacionais de forma muito mais acentuada do que outras, em especial nos países subdesenvolvidos. Diante desse fenômeno, usaram o termo para caracterizar esse grupo de cidades, incluindo nesse conjunto os centros urbanos que tivessem um número de habitantes igual ou superior a 10 milhões.

Segundo dados divulgados pela Divisão de População da ONU, em 2000 existiam 23 megacidades no planeta:

  • África: Lagos (Nigéria); Cairo (Egito).

Nos países subdesenvolvidos, as megacidades são fortes pólos de atração de população e tendem a ter seus problemas econômicos e sociais agravados. As perspectivas são de que nessas nações tenhamos, entre as décadas de 2010 e 2020, as maiores aglomerações urbanas do planeta.

Dessa forma, as metrópoles dos países desenvolvidos serão superadas por centros urbanos muito populosos como Lagos, Karachi e Daca. Saliente-se que esse enorme contingente populacional não será atendido em suas necessidades básicas de moradia, transporte, educação, saúde e emprego, o que aumentará significativamente a miséria nessas regiões.

Cidade global

O termo "cidade global" é usado quando fazemos uma análise qualitativa da cidade, referindo-nos ao seu grau de influência sobre outros centros urbanos, em diferentes partes do globo.

Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma metrópole, porém sua área de influência não é apenas uma região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades globais também são denominadas "metrópoles mundiais".

Conforme alguns estudos demonstram, para a cidade ser considerada "global" é fundamental levarmos em conta suas atividades financeiras, administrativas, científicas e no campo da informação, o que vincula tais centros urbanos à sua influência regional, nacional ou mundial.

Assim, uma cidade global deve apresentar:a) sedes de grandes companhias, como conglomerados e multinacionais;b) bolsa de valores que possua influência na economia mundial;c) grau sofisticado de serviços urbanos;d) setor de telecomunicações amplo e tecnologicamente avançado;e) centros universitários e de pesquisa de alta tecnologia;f) diversidade e qualidade das redes internas de transporte (vias expressas, rodovias e transporte público);

g) portos e aeroportos modernos que liguem a cidade a qualquer ponto do globo.

Com base nesses aspectos, os estudiosos criaram três níveis ou categorias de cidades, de acordo com o poder de influência desses centros urbanos: Alfa, Beta e Gama. Na atualidade são reconhecidas 55 cidades globais no planeta:

  • Grupo Alfa (10 cidades de primeiro nível de importância): Londres, Nova York, Paris, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Frankfurt, Milão, Hong Kong e Cingapura.
  • Grupo Beta (10 cidades de segundo nível de importância): São Francisco, Sidney, Toronto, Zurique, São Paulo, Cidade do México, Madri, Bruxelas, Moscou e Seul.
  • Grupo Gama (35 cidades de terceiro nível de importância): Osaka, Pequim, Boston, Washington, Amsterdã, Hamburgo, Dallas, Dusseldorf, Genebra, Xangai, Montreal, Roma, Estocolmo, Munique, Houston, Barcelona, Berlim, Jacarta, Johanesburgo, Melbourne, Praga, Santiago, Taipe, Varsóvia, Atlanta, Budapeste, Buenos Aires, Copenhague, Istambul, Kuala Lumpur, Manila, Miami, Minneapolis, Bangoc e Caracas.

A megacidades representam grandes centros urbanos que concentram a maior quantidade de habitantes do planeta. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), as megacidades são aquelas que abrigam elevada densidade populacional, com mais de 10 milhões de habitantes. Grande parte das megacidades fazem parte de países emergentes ou subdesenvolvidos.

Seu crescimento pode ocorrer de forma descontrolada e sem planejamento, o que leva a diversos problemas sociais e urbanos, do qual merece destaque a poluição. Quanto a isso, muito moradores das megacidades, utilizam máscaras para saírem de casa.

Por sua vez, existem maneiras de diminuir a poluição nos grandes centros, por exemplo, optar por um meio de transporte menos poluente. Muitos governos das megacidades estão atentos ao assunto e buscando alternativas que causem menor impacto no ambiente, além de realizarem campanhas para alertar a população.

Com o processo de globalização a partir do século XX, o número de megacidades aumentou consideravelmente no mundo. Atualmente cerca de 21 megacidades estão espalhadas pelos continentes, sendo a capital do Japão, Tóquio, a maior delas, já considerada uma “Metacidade” com mais de 30 milhões de habitantes. No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro são as duas megacidades do país.

De acordo com o texto, as megacidades são os focos da globalização explique por que
De acordo com o texto, as megacidades são os focos da globalização explique por que
Tóquio, Japão

Observe que uma nova megacidade pode surgir sobretudo com o aumento do êxodo rural, que mobiliza as pessoas das áreas rurais a buscarem melhores ofertas de emprego e qualidade de vida nos grandes centros urbanos.

De acordo com estudos da ONU, em 2050 sete de cada dez pessoas viverão em cidades, o que levará ao aumento das megacidades no mundo. Estima-se que em 2050 existirão 23 megacidades.

Muitos problemas estão associados ao crescimento das megacidades, a saber:

  • Poluição sonora e visual
  • Poluição atmosférica
  • Crescimento da violência urbana
  • Proliferação de doenças respiratórias e alérgicas
  • Expansão da favelização
  • Excesso de trânsito (congestionamento)
  • Problemas de mobilidade urbana
  • Falta de saneamento básico para parte da população
  • Problemas de abastecimento (água, energia, etc.)

Lista de Megacidades do Mundo

Segue abaixo a lista das megacidades do mundo e o número de habitantes que cada uma abriga:

  1. Tóquio (Japão): 36.669.000 habitantes
  2. Déli (Índia): 22.157.000 habitantes
  3. São Paulo (Brasil): 20.262.000 habitantes
  4. Mumbai (Índia): 20.041.000 habitantes
  5. Cidade do México (México): 19.460.000 habitantes
  6. Nova York (Estados Unidos): 19.425.000 habitantes
  7. Xangai (China): 16.575.000 habitantes
  8. Calcutá (Índia): 15.552.000 habitantes
  9. Daca (Bangladesh): 14.648.000 habitantes
  10. Los Angeles (Estados Unidos): 13.156.000 habitantes
  11. Karachi (Paquistão): 13.125.000 habitantes
  12. Buenos Aires (Argentina): 13.074.000 habitantes
  13. Pequim (China): 12.385.000 habitantes
  14. Rio de Janeiro (Brasil): 11.950.000 habitantes
  15. Manila (Filipinas): 11.628.000 habitantes
  16. Osaka-Kobe (Japão) 11.635.000 habitantes
  17. Cairo (Egito): 11.005.000 habitantes
  18. Lagos (Nigéria): 10.578.000 habitantes
  19. Moscou (Rússia): 10.550.000 habitantes
  20. Istambul (Turquia): 10.525.000 habitantes
  21. Paris (França): 10.485.000 habitantes

Cidades Globais

Diferente das Megacidades, as cidades globais possuem uma menor densidade populacional, no entanto são centros urbanos com grande concentração de poder (político e econômico) e influência mundial.

Em outras palavras, é nas cidades globais que economia global é administrada e planejada, sendo, portanto, sede do poder. Vale lembrar que uma cidade pode ser global ao mesmo tempo que é considerada uma megacidade, por exemplo, Tóquio, São Paulo e Nova York.

Para completar sua pesquisa no assunto, leia também os artigos:

O conceito de megacidade foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população superior a dez milhões de habitantes. Portanto, o grupo de megacidades envolve as maiores áreas urbanas habitadas do planeta. A maioria delas é constituída por municípios de países emergentes e subdesenvolvidos, embora a maior seja Tóquio, capital do Japão.

A capital japonesa, no entanto, possui excesso populacional por uma série de fatores específicos, principalmente a questão da área habitável restrita que o país possui para os seus mais de 125 milhões de habitantes. Tóquio, aliás, já faz parte também de um novo conceito, o de metacidades, porque possui mais de 30 milhões de pessoas em sua área urbana, que envolve uma série de cidades metropolitanas.


Tóquio já possui mais de 30 milhões de pessoas na atualidade

A formação das megacidades e sua proliferação pelo mundo acontecem com base em alguns fatores principais: a intensa urbanização das sociedades, sobretudo durante o século XX, e a acelerada metropolização, ou seja, a concentração das populações urbanas nas grandes metrópoles de seus países. Esse processo ocorre em razão das maiores oportunidades de emprego e moradia que essas cidades oferecem, além do processo de êxodo rural que vem ocorrendo em maior intensidade nos países subdesenvolvidos e emergentes.

Para se ter uma ideia dessa realidade, o ano de 2010 foi o primeiro em que a maior parte da população mundial vivia em cidades, ou seja, em que a população urbana finalmente ultrapassou a população rural em todo o espaço geográfico da Terra. Desse montante, uma considerável parte vive em megacidades, que somam, atualmente, 21 áreas urbanas. Destas, 17 pertencem a países periféricos ou em desenvolvimento.

Algumas dessas megacidades de países subdesenvolvidos vêm apresentando elevados índices de crescimento populacional, tanto pelo aspecto migratório quanto pelas elevadas taxas de natalidade, como é o caso de Lagos, na Nigéria, e Karachi, no Paquistão. O principal desafio dessas e de outras grandes cidades é o provimento de infraestruturas sociais que permitam uma mínima qualidade de vida a seus habitantes em face de um crescimento acelerado e desordenado.

Portanto, a maior parte das megacidades sofre com problemas relativos à ausência de saneamento básico, expansão de favelas e ocupações irregulares, elevados índices de violência, segregação socioespacial, ausência de mobilidade tanto nas vias de trânsito quanto no deslocamento pelos transportes públicos, entre outros muitos fatores. Por isso, além de conter essa expansão desordenada, são necessárias políticas públicas mais eficientes que visem à correção desses problemas com investimentos diretos em saneamento, segurança, educação, moradia, mobilidade, entre outros.

Outro aspecto considerado negativo existente nas megacidades abrange os problemas ambientais. Eles acontecem pelos elevados índices de poluição, remoção da vegetação, degradação de cursos d'água e outros, gerando problemas ambientais gerais e específicos, tais como as ilhas de calor e a inversão térmica. Por esse motivo, é preciso descentralizar os serviços existentes e promover uma maior democratização nas estruturas sociais para garantir a todos os cidadãos o direito à cidade.

A seguir, podemos conferir a lista de megacidades e suas respectivas populações:

Tóquio, Japão – 36.669.000 habitantes

Déli, Índia – 22.157.000 habitantes

São Paulo, Brasil – 20.262.000 habitantes

Mumbai, Índia – 20.041.000 habitantes

Cidade do México, México – 19.460.000 habitantes

Nova York, Estados Unidos – 19.425.000 habitantes

Xangai, China – 16.575.000 habitantes

Calcutá, Índia – 15.552.000 habitantes

Daca, Bangladesh – 14.648.000 habitantes

Los Angeles, Estados Unidos – 13.156.000 habitantes

Karachi, Paquistão – 13.125.000 habitantes

Buenos Aires, Argentina – 13.074.000 habitantes

Pequim, China – 12.385.000 habitantes

Rio de Janeiro, Brasil – 11.950.000 habitantes

Manila, Filipinas – 11.628.000 habitantes

Osaka-Kobe, Japão – 11.635.000 habitantes

Cairo, Egito – 11.005.000 habitantes

Lagos, Nigéria – 10.578.000 habitantes

Moscou, Rússia – 10.550.000 habitantes

Istambul, Turquia – 10.525.000 habitantes

Paris, França – 10.485.000 habitantes


Por Me. Rodolfo Alves Pena